Grão Mogol fica encravada na Serra do Espinhaço. Segundo os moradores mais antigos, o município foi construído pelas mãos de escravos, trazidos pelos barões dos diamantes e garimpeiros apenas para que pudessem levantar toda a cidade.

Do pavimento das ruas, passando pela imponente igreja Matriz de Santo Antônio, toda feita em pedra, até a última telha de cada casa, foi feita com o suor dos negros escravizados no século 17. A cidade foi uma das mais importantes no garimpo de diamantes do Brasil.

NOME
O nome “Grão Mogol” é um mistério à parte. Existem várias teses sobre a denominação. A mais popular é que grande parte dos diamantes extraídos aqui nesta cidade era contrabandeada para o imperador da Índia, Grão Mogol, que na tradução do idioma hindi significa “grande valoroso”.

A pequena cidade não é rica somente em diamantes. Cada morador que se encontra tem uma história diferente para contar. Moradores relatam que a rua direita, a via principal onde os escravos ergueram toda cidade, tem este nome por estar à direita da igreja matriz, também por apontar para o norte da cidade, e ainda me dá mais dois outros motivos pelo nome.

Mas a maior riqueza de Grão Mogol não está no brilho dos diamantes, expostos em vitrines mundo afora. Está no suor dos negros escravizados, que levantaram cada pedra, para que hoje ela mesma possa contar sua história.