Gerlinde Katarina Astegger conta, através da sua arte, a história das Festas de Agosto

Adriana Queiroz
O NORTE
01/09/2020 às 00:15.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:25

As Festas de Agosto se confundem com o surgimento de Montes Claros. Contar essa história e também as estórias dessa festa sob uma nova ótica foi um desafio para a montes-clarense Gerlinde Katarina Astegger. A obra “Jornal do Catopê”, de sua autoria, fez parte, em 2017, da mostra Catopê Contemporâneo, que ocorreu no Museu Regional do Norte de Minas. O ponto de partida foi o relato das memórias históricas da cidade, bem como o surgimento da festividade tradicional.

A artista e professora ouviu os pesquisadores da região e, tendo eles e seus trabalhos como referência, contou as Festas de Agosto pela ótica jornalística e, ao mesmo tempo artística, pois as notícias foram ilustradas por aquarelas. 

O novo jeito de apresentar a tradição centenária encantou tanto que voltou neste ano, em função do isolamento social, de forma virtual no site que contém a documentação da mostra original e novas obras dos artistas já pensadas para a internet.

“Com a exposição física sobre o tema Catopê, realizada em 2017, e a virtual acontecendo agora, através do site, a obra pode ser expandida para o contexto de memórias pessoais das pessoas que compartilharam suas experiências no site de maneira interativa, transformando suas lembranças em aquarelas interpretadas e pintadas por mim”, conta.

A ARTISTA
As aquarelas produzidas a partir das memórias de quem visitou a exposição virtual são, de acordo com a artista, sua ferramenta de expressão. É com elas que Gerlinde busca preservar o patrimônio histórico e artístico por onde passa. Mais do que isso, é a forma que encontrou de retratar coisas que não podem ser descritas, de criar e materializar pensamentos e um mundo não material. 

“Considero minhas aquarelas fluidas. Me inspiro em sensações que o objeto a ser retratado me traz. Coisas e sensações que só existiriam no mundo das ideias e da imaginação, eu materializo através de um desenho. E a aquarela tem uma plasticidade, fluidez e transparência e luminosidade que me remetem a esse encanto com o imaginário, com a memória ou com as sensações e sentimentos. No caso das histórias dos Catopês, as aquarelas são as sensações que aquela memória trouxe”, revela.

Para ela, a pandemia, que levou ao isolamento social, tem o lado negativo de afastar as pessoas, mas, ao mesmo tempo, tem trazido a ela a oportunidade de focar mais no trabalho, tanto o remoto como professora quanto na produção artística. “É um tempo valioso que estou tendo para me aprimorar em vários aspectos”, diz.

Quem quiser ter uma memória sobre as Festas ilustradas pela artista, basta acessa https://catopecontemporaneo.com/2020/08/20/ memorias-da-festa/ e enviar a descrição da sua lembrança no formulário disponível.

Outras obras e materiais sobre os Catopês, Marujos e Caboclinhos estão disponíveis no site completo http://www.catopecontemporaneo.com.


 

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