Histórias para contar

Festival Literário começa nesta sexta em MOC

Adriana Queiroz
01/04/2022 às 00:59.
Atualizado em 01/04/2022 às 14:26

Começa hoje o Festival Literário do autor Montes-clarense (Flam). Na programação desta sexta-feira, além do show de Téo Azevedo, o lançamentos de livros e apresentação do grupo de serestas Amo-te Muito. O evento segue até dia 10, no Centro Cultural Hermes de Paula (CCHP).

Na agenda de sábado do evento está o norte-mineiro Jarbas Oliveira, natural de Taiobeiras, mas que se mudou com a família para Montes Claros em 1952, quando tinha menos de um ano de idade. No festival ele lança “A Sinhazinha e o Plebeu”. 

Jarbas é autor também dos livros “Memória de Uma Vida” ( Editora Scortecci/SP, 2005); “Fantaspalho” (Gráfica Uniset/M.Claros, 2006); “Nova Esperança” (Gráfica Uniset/M. Claros, 2008) “Júlia e o Fantaspalho” (Gráfica Uniset/M. Claros, 2011). 

Além do lançamento do novo livro, Jarbas está reeditando a primeira parte de “Fantaspalho” e “Montes Claros do Meu Tempo” Gráfica Uniset/Montes Claros, 2017). O escritor também é autor de várias crônicas, algumas publicadas nos jornais de Montes Claros. 

Sobre como enxergou o período inusitado de quarentena, diz que a pandemia foi “obra de laboratório”, mas que serviu positivamente para colocar à prova a capacidade humana de superar dificuldades inesperadas, tal como aconteceu desde os primórdios da civilização. 

“Não bastasse o lado negativo, com milhões de vidas ceifadas no mundo, no Brasil foi ainda pior, pois transformaram e epidemia em palanque político, voltado para atacar e atrapalhar o Governo federal, inclusive com a efetiva participação da Corte denominada ‘Guardiã da Constituição Federal’ e de várias mídias tradicionais”. 

Para o escritor, o isolamento social impediu que as Academias Literárias se reunissem. “Contudo, a nossa Academia Montes-clarense de Letras, através de sua Presidente Maria da Glória Caxito Mameluque, conseguiu manter os seus acadêmicos ligados na arte da literatura, organizando reuniões on-line, inclusive com a criação de concursos entre seus membros e um concurso nacional de poesias, que culminou com a edição e publicação de três livros: Desafio Poético, Antologia AML 2020 – A Escrita em tempo de Pandemia e a Antologia Nacional de Poesias”, diz.

A “Sinhazinha e o Plebeu” é a sexta obra literária de Jarbas, e nasceu da leitura do livro Octacilíada - Uma Odisseia do Norte de Minas, escrito a três mãos: avô, pai e filho.

“Nele descobrimos as raízes familiares dos antepassados de minha esposa Ana Maria, e resolvi continuar a pesquisa, voltada à atualização de seus membros até à geração dos meus netos. O título a Sinhazinha e Plebeu é uma homenagem ao casal Antonio Alves Aquino (Antonio Pernambucano) e Siderite (Sidé) Irlanda Matos. A história remonta à segunda metade do século XVIII, relatando histórias, tragédias, vitórias e curiosidades familiares, até chegar aos dias atuais”, revela.

Ele conta que devido a pandemia do Covid-19, apesar de ter sido editado no ano de 2020, não foi possível fazer o lançamento presencial. “Improvisamos o lançamento virtual, com vendas através do WhatsApp. O resultado foi muito bom, mas falta o calor humano”, afirma.

Para Jarbas, o FLAM promovido pelas Academias Feminina e Montes-clarense de Letras oportunizou a todos promover o lançamento de livros. 

Com relação a sua trajetória na literatura, Jarbas diz que escrever “Memórias de uma vida” foi um desafio que fez a si mesmo. “Foram muitos dias de pesquisas, e gravações com os meus pais. Chegamos a desistir pelo meio do caminho devido ao falecimento de meu pai no ano 2000, mas em um lançamento de um dos livros de Glorinha Mameluque, senti uma motivação estranha, que me arrastou a concluí-lo cinco anos depois”. 

Outro fato importante foi que em 2006, quando cursava a academia de Comunicação Social – Jornalismo, na Funorte, naquela época, foi programado um evento “Semana da Comunicação Social” com a presença de jornalistas de renome nacional. 

“Daí, valendo nota escolar, escrevemos o nosso segundo livro “Fantaspalho”, na verdade um minifúndio de 87 páginas, lançado no Automóvel Clube de Montes Claros, durante evento.

Para o escritor, as coisas acontecem naturalmente. Ele não acredita em sorte ou destino, mas na Providência Divina. “Nunca tive pretensão de destaque na literatura, até porque, não me julgo um literato, mas um teimoso das letras. Não é por acaso que sou contador. Costumo dizer que escrever é só sentar-se à mesa com papel e lápis; hoje, mais fácil ainda, com o computador até na palma da mão. Aos iniciantes eu digo: escrevam, escrevam e escrevam. Não se importem com a correção, importem-se com o conteúdo, com a sua história ou estória, para conter princípio, meio e fim. Aos jovens, acrescento: vocês têm uma vida longa pela frente, não queiram realizar os seus sonhos da noite para o dia, realizem-os naturalmente, um pouquinho a cada dia, mas não se entregue ao desânimo”, diz.

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