(GUI SOARES/Divulgação)
A primeira noite da Festa Nacional do Pequi, que será realizada de 7 a 9 de fevereiro, na Praça da Matriz, em Montes Claros, terá show dedicado aos compositores norte-mineiros. É o que promete o músico montes-clarense Flavin Ribeiro, que há 17 anos divide seu tempo entre composições e o trabalho de intérprete.
“São músicos que fizeram parte da minha formação como artista. Me influenciaram tanto na musicalidade quanto nas composições e atitudes. Cantar o Norte de Minas através do meu olhar é mostrar como é lindo este sertão e a poesia que brota aqui. Vamos exaltar o nosso povo catrumano, neste grande encontro”, diz Ribeiro, que concede esta entrevista exclusiva a O NORTE.
Que aprendizados destaca nos seus 35 anos de caminhada?
Desde que voltei para Montes Claros, cada dia é um aprendizado, seja tocando nos bares ou apenas convivendo com amigos madrugadas afora. Hoje, penso e faço música de uma forma completamente diferente, porque tudo aqui inspira. Tanto as belas paisagens quanto pela força artística e até mesmo pelas dificuldades que enfrentamos.
Como foi seu primeiro contato com a música?
Foi através de minha mãe, que tocava violão e, sempre que podia, cantava músicas do Grupo Raízes e Agreste. Mas a vontade de participar desse processo todo veio mais tarde, através do rock’n roll, quando, ainda adolescente, participei da minha primeira banda.
Que ações empreendedoras você pratica para desenvolver sua carreira?
Cada dia mais, a música tem se tornado um negócio. Músicas simples, com letras descartáveis, tomam conta das rádios. A imagem hoje sobrepõe-se à arte. As mídias sociais e seus algoritmos privilegiam a massificação e deixam de lado a excelência. Mesmo assim, hoje é a melhor ferramenta para a divulgação do trabalho para artistas independentes.
Como vê a cena musical em Montes Claros?
Por aqui, a música é pulsante, independentemente do estilo musical. Aqui se encontram músicos excelentes, grandes cantores e um público que realmente prestigia. Ultimamente, existe uma tendência para um ou outro estilo, mas sempre há espaço para quem é bom e faz de verdade.