Michelle Tondineli


Repórter

Hoje, 28, das 10 às 22h, na praça de eventos é o último dia da Exposição da Semana do Deficiente com apresentação dos trabalhos desenvolvidos pelas entidades da cidade que prestam assistência aos deficientes.

Cada entidade tem um espaço para mostrar à sociedade os trabalhos desenvolvidos pela a mesma no tratamento das pessoas que na maioria das vezes nunca teria espaço na sociedade  por preconceitos ou pela falta de conhecimento. Entidades como APAE, Escola Capelo Gaivota, Vovó Clarice e o Grapa  darão informações sobre suas atividades como a introdução do Braile , Deficiência Mental , Exames de DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis  a  todos os visitantes.Também  trarão para praça de eventos artesanatos e artigos de decoração feitos pelos alunos e internos.

Elizabeth coordenadora do Caad luta pela inclusão.

Incentivar a inclusão de todas as pessoas independente das restrições físicas é a postura desse empreendimento que ao longo desde 11 anos de existência, apóia ações e realiza eventos de cunho social.

Segundo a coordenadora do Centro de Apoio a Assistência à Pessoa com Deficiência (Caad), Elizabeth Souza Amaral, a abertura começou na segunda-feira na prefeitura, e a exposição faz parte dessa comemoração.

- E essa semana o tema de responsabilidade social, passaporte para a inclusão. E pensando nisso, preocupados, como todos nos cidadãos trouxemos diversos segmentos que apóiam e auxiliam os excepcionais. A nossa intenção é ampliar as nossas relações com todas as entidades e das pessoas com deficiência e queremos reafirmar a participação da sociedade,  pois nos acreditamos que somente com essas parcerias, vamos conseguir alcançar os nossos objetivos e ate mesmo aumentar as nossas parcerias das entidades com inclusão social, conta.

A diretora pedagógica da Associação de Pais e Amigos de Montes Claros (Apae), Eliana Colares de Oliveira, explica que a semana nacional do excepcional é comemorada no Brasil inteiro, começa dia 21 e vai até dia 28 de agosto. Este ano o tema é a quebra da resistência e construa a possibilidade para o deficiente intelectual. Ela explica que não são os interpretes que vão fazer a inclusão, é necessário que a sociedade aceite o deficiente, mude de atitude, afirma.

- Estamos desenvolvendo várias atividades desde sexta-feira com participação ativa dos nossos excepcionais. Realizamos parceria com o Grapa pela sexualidade do deficiente, distribuímos panfletos, fomos a abertura, a missa, realizamos uma passeata para sensibilizar a sociedade e conhecer as nossas defesas, a noite tivemos uma homenagem a um voluntário, e ate dia 28 estaremos com este stand no shopping, diz.

Eliana ainda fala que no stand é exposto os trabalhos artísticos da APAE, pelas oicinas de arte culinária, arte em madeira e jogos teatrais. Por falta de espaço foi optado só artes em madeiras e pretende-se o jogo teatral.

- O nosso material é feito através de doações da Novo Nordisk, Valle, da comunidade de um modo geral e buscamos novas parcerias. A oficina de arte em madeira funciona como um recurso para a inclusão, como se fosse uma atividade diferenciada e complementar do dia, para ele desenvolver o cognitivo, relata.

A professora da oficina de artesanato com material reciclado do Vovó Clarice, Marilda Caldeira Brant, explica que cada criança possui uma habilidade diferente, e sempre procuram artesanatos que sejam adequadas a cada uma delas, quadros, porta quadros, cestos,  tampas, são as várias formas de lazer.

- São pessoas de 15 a 52 anos, e usamos anéis de latinha, pano, cordão, jornal, polpa, grude, casaca de ovos, sementes e outros. Não temos recursos financeiros, então procuramos sempre vender os produtos para comprar o material que precisamos e realizar uma festinha de comemoração para eles. Eles fazem sem muito sacrifício estes trabalhos, e gostam de fazer, ressalta.

Já Iracema Santos que é professora da oficina de embalagem do Centro fala que dos 380 alunos da escola, apenas 15 com a idade até 14 anos participam da oficina por depender muito da força de vontade deles e dos incentivos dos pais.

- O nosso trabalho é gratificante, ganhamos doações de garrafa, palitos, tinta, copos, madeira. Nossos alunos às vezes são distraídos, eu trabalho com embalagens como cartões, e outros professores trabalham palitos, colagem, trabalhos manuais de todos os tipos e outros. Muitos alunos possuem dificuldade de realizar os trabalhos, são sem coordenação motora, e temos que trabalhar com isso, para depois partir para o trabalho refinado, conta.

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