Exposição artesanal encontra dificuldades

Jornal O Norte
Publicado em 24/12/2009 às 12:44.Atualizado em 15/11/2021 às 07:21.

O artesanto é o produto final do trabalho do artesão, que exerce sua arte através de um ofício manual. Seu ofício é individual e, através dele, este profissional isolado sobrevive em muitas regiões, principalmente nas áreas distantes dos grandes centros urbanos.



A artesã Maria Lúcia Araújo Batista, há mais de dez anos, realiza trabalhos artesanais na comunidade da Vila Guilhermina com o público mais diverso.



- Minha criatividade é uma surpresa. Quando ela aparece tenho que fazer na hora, se não eu esqueço. Quando um trabalho fica incompleto não descanso até terminar - afirma.



Segundo Lúcia, em Montes Claros é muito difícil realizar uma exposição artesanal sem ter que pagar por ela.



(foto: MICHELLE TONDINELI)


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Toalhas, bolsas, bonecas, tiaras e imãs fazem parte da produção.



- Quando nós artesãos realizamos a exposição de um trabalho, não é com aquele intuito de que temos que vender muito. É com o intuito de mostrarmos o nosso trabalho e de conseguir valorização profissional e pessoal. A única divulgação que eu possuo é o boca a boca - diz.



A artesã afirma que, além de pagar, deve-se produzir bastante para expor seu trabalho.



- Muitos artesãos costumam se juntar para realizar a exposição porque devemos ter bastante material. Falta local para conseguirmos expor. Sem contar que exposição temática é difícil vender, além de algumas vezes pagar o local da exposição, o que tira o lucro das vendas - diz.



Para Lúcia, a melhor época de venda dos produtos artesanais é no dia das mães e no natal, por isso ela faz uma demanda especial a cada época festiva.



- No carnaval a melhor produção é fantasia. No dia das mães, dos namorados e dos pais é bordado de toalha, pano de prato, arranjos, porta retrato, broxes, boneca, imã de geladeira, coisas simples. Dia das crianças é bonecas, tiaras, bolsinhas, almofadas, depende do pedido - afirma.



Lúcia explica que já deu cursos profissionalizantes de artesanato e fez exposição dos trabalhos. Mas o que falta é valorização da sociedade.



- Acho que o artesanato devia ser mais divulgado na cidade, e interesse das pessoas em conhecer nosso trabalho. Muitos deles não sabem dar valor.



Eu costumo participar de feiras fora de Montes Claros, com produtos específicos. Aqui, no centro e na feirinha a maioria das coisas é industrializada e não artesanal - finaliza.



O tempo de confecção dos pedidos depende do material e do clima. Outras informações.

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