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Um encontro unindo a literatura de cordel, declamada por repentistas ou emboladores do Nordeste do Brasil, e o rap, estilo musical nascido nos Estados Unidos, é o tema do projeto Arte da Palavra - Rede Sesc de Leituras, que acontece na próxima terça-feira, 7, na Rua Viúva Francisco Ribeiro, a partir das 18 horas. A entrada é gratuita, sujeita a lotação do espaço.
Nesta edição o público é convidado a participar do Circuito das Oralidades, um encontro com a participação de Vitor Pirralho, que assina composições gravadas por Ney Matogrosso, e Jorge Calheiros, uma lenda viva do repente, com mais de 100 cordéis publicados.
A dupla, criada especialmente para o Arte da Palavra em 2018, realizará o encontro com o tema ‘De repente, rap’, onde irão mostram criações autorais misturando rap, repente, poesia e cordel.
O Circuito das Oralidades propõe valorizar as manifestações literárias que remetem especialmente a narração de histórias e a veiculação oral da poesia. Duas vertentes artísticas com larga tradição no país e que constituem os pilares de diversas identidades que vão se reinventando através das gerações.
VITOR PIRRALHO
Além de rapper é professor de literatura brasileira e língua portuguesa. Tem como influências as ideias do Manifesto Antropofágico, de Oswaldo de Andrade, e do artigo Da razão Antropofágica: diálogo e diferença na cultura do Brasil, do poeta Haroldo de Campos.
Vitor participa da banda Unidade, que tem dois discos lançados: Devoração crítica do legado universal (2008) e Pau-Brasil (2009). Além de defender a ideia de antropofagia cultural, as letras de Vitor falam de temas como segregação, alienação e colonialismo.
JORGE CALHEIROS
Natural de Pilar, Alagoas, Jorge é cordelista, autor de importantes obras de cordel – atualmente contabiliza cerca de 100 títulos. É Patrimônio Vivo de Alagoas desde 2011, título concedido pela Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas (Secult).
Em 2010 teve sua história adaptada para o cinema no curta-metragem “Matuto Zé Cará”, animação dirigida por Luiz Gustavo Sales. Foi contemplado com o Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010 – Edição Patativa do Assaré, pelo Ministério da Cultura.