Adriana Queiroz
Repórter
Rosto e jeito de menina, mas com um incrível talento. Viviane Normanha, ou Vivi, é uma das agradáveis revelações da MPB dos últimos anos no Norte de Minas. A moça cresceu participando das rodas de samba e viola, ao lado dos pais, Bete e João Normanha, e dos tios. Foi nesse clima que ela viu florescer sua paixão pela música, seu encanto pelo Sal da Terra, O Trem Azul e Clube da Esquina.
- Ouvia Tiro ao Álvaro, com Elis Regina, músicas de Caetano Veloso e Godofredo Guedes. Meu pai é um apaixonado pelo Godofredo Guedes - diz.
Viviane graduou-se em Arquitetura pela PUC- Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, mas a música fala mais alto em seu coração.
Formou-se em música (canto) pela Unimontes, em janeiro de 2009. Estudou técnica vocal e dança contemporânea com renomados professores como Suely Mesquita, Regina Coelho, Tereza Cançado, Waldir Pereira e Marcos Tadeu Miranda (canto); Paulo Ditarso e Dudude Herman (dança).
Vivi se apresentou diversas vezes em Montes Claros, São Paulo e em Belo Horizonte. Em janeiro de 2007, participou de dois eventos, em São Paulo, em homenagem a Elis Regina, nos seus 25 anos de saudade. Trabalhou com músicos como Zé Catarina, Neo Andrade, Ivan Horta e outros. Recebeu dois prêmios, em Minas Gerais, como destaque jovem da música.
Sua última apresentação em Montes Claros foi no 8º Festival de Música, na Festa do Pequi. Vivi apresentou O Samba não tem hora, de sua autoria, e levou para o palco os músicos Roy, na percussão, Beto Andrada, no violão e Zuíno, no violão Sete Cordas. Quem assistiu a apresentação de Vivi teve certeza de que ela tem um caminho bem longo e interessante na música, como cantora e compositora.
- Fiquei muito honrada em participar do festival. Foi gratificante mostrar minha música para Montes Claros. Realizei um sonho. Espero poder cantar mais - diz.
Em novembro de 2011, Vivi foi ao show do músico, cantor, arranjador e compositor Max Viana, filho do cantor Djavan, em Montes Claros.
- Conheci o Max no myspace. Falamos de música, mostrei meu trabalho, ele elogiou minha voz. Depois fui ao seu show, em dezembro do ano passado, e dei a ele um CD com cinco músicas demonstrativas. Ele me convidou para fazer o disco.
Conversa vai, conversa vem, Vivi está no Rio de Janeiro, na Toca do Bandido, estúdio de gravação e mixagem de áudio, idealizado e concebido pelo produtor musical Tom Capone.
A estrutura do estúdio, em estilo mexicano, tem reboco aparente e revestimento de materiais de demolição trazidos de Tiradentes-MG que contrastam com equipamentos state-of-the-art de captação, monitoração e mixagem, além de efeitos vintages. Também é destaque o acervo de microfones preferido por vozes como Maria Rita, Milton Nascimento, Gilberto Gil, Ana Carolina, O Rappa, Frejat, Nando Reis e os internacionais Asian Dub Foundation, Francisco Céspedes, Julieta Venegas e Jorge Villamizar.
- A esposa do Tom é quem gerencia tudo. É um estúdio referência. Foi o Max quem sugeriu. E, inclusive, o Max, além de produzir meu disco, participa com violões. E ainda vai cantar um samba comigo - revela.
Também participa do disco de Vivi, o outro filho do Djavan, o João (bateria), Pretinho (percussão), Renatinho Fonseca (teclados). O técnico de som é Fernando Rebello, o mesmo que trabalha com Djavan e Maria Rita.
- Fiquei no Rio de Janeiro por quase uma semana. Tem sete músicas prontas, faltam cinco. Pretendo voltar lá para concluir o disco, ainda este mês, porque depois disso o Max tem shows agendados no exterior - conta.
Mas se gravar um CD fosse simplesmente pressionar o botão REC no gravador e deixar a emoção fluir, seria uma maravilha, mas infelizmente isso não é assim. Gravar um CD mexe também com aquela outra parte tão sensível do corpo humano: o bolso/image/image.jpg?f=3x2&w=300&q=0.3"text-align: center">Na hora de compor:
Primeiro vem a melodia, depois a letra, de acordo com o que estou sentindo.
Defina seu CD:
Alto astral, não tem nenhuma música pra baixo, bem Brasil, tem samba, tem bossa, balada...
No palco:
Onde sou eu mesma. Não sou filha de ninguém, não preciso mostrar nada pra ninguém, sou inteira com meu coração.
Está preparada para o sucesso?
Estou preparada para fazer o que mais amo. Para o sucesso ninguém está. Estou preparada para dividir o amor com as pessoas. Espero contribuir com minha música, representar bem o Norte de Minas no cenário da música popular brasileira.
Refúgio:
É uma música que remete a minha infância, minha vida em Minas.
Música:
O bêbado e o equilibrista
Sonho:
Poder dividir minha alegria através do canto
CD:
Sonho, mas também uma necessidade, não dá mais pra fugir, me incomoda não passar esta mensagem.
Família:
Meu refúgio, meu porto.
Para saber mais sobre a cantora acesse
www.myspace.com/vivinormanha
---------------------------------------------------------