Dança como profissão: coreógrafo do Voz de Minas conta de onde vem sua inspiração

Adriana Queiroz
O NORTE
02/11/2021 às 00:29.
Atualizado em 05/12/2021 às 06:10
 (FOTOS DIVULGAÇÃO)

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A cada trabalho assinado pelo montes-clarense Ítalo Quadros, de 29 anos, o público fica com vontade de dançar junto. Autodidata, o jovem bailarino que começou a dançar aos 7 anos destacou-se primeiro em produções na igreja que frequentava. Na adolescência, tornou-se profissional. 

“Minha profissão é um dom. Participei de vários workshops pelo Brasil, mas a experiência maior foi ministrando aulas de clip dance”, conta.

Composto por jovens talentos criativos, o grupo comandado por Quadros subiu ao palco do Voz de Minas para dançar embalado pelas trilhas apresentadas pelos candidatos. Para cada uma, produção, figurinos e movimentos diferentes. 

Os figurinos, aliás, também são resultado do trabalho de Ítalo Quadros. Ele conta que cada trabalho exige uma grande integração entre a equipe. E afirma que só assim é possível fazer uma apresentação cheia de personalidade, com a cara do espetáculo. 

Quadros considera que corpo de baile excelente é aquele que se reinventa. “É aquele que às vezes não conhece o estilo musical, mas segura a apresentação na classe e no carão”. 

Na coleção de trabalhos desenvolvidos pelo profissional está a parceria com a cantora Lúcia Muniz, em 2019, para garantir à jovem mais desenvoltura no palco. Na época, Lúcia disputava o The Voice, no time Lulu Santos. “Foi gratificante trabalhar com a Lúcia, que ficou entre os finalistas. E agora, desta vez, fomos convidados para acompanhar os cantores do Voz de Minas e foi muito desafiador. Mas deu certo esse lindo trabalho”, celebra. 

O ponto alto do evento foi o momento em que diversos candidatos cantaram em um curto espaço tempo e cada um em um ritmo diferente, opina. “Essa adrenalina para tudo acontecer e sair como ensaiamos é o mais gratificante”. 
 
INSPIRAÇÃO
O gingado da cantora e bailarina Beyoncé é fonte de inspiração para Ítalo Quadros. “Uma vez que o balé desta diva domina tanto o cenário clássico com o urbano, somos grandes fãs”, confirma o coreógrafo, que sonha com o reconhecimento do esforço e dedicação necessários a um bom bailarino. 

“Por trás de cada apresentação acontece muito estudo antes. São horas e horas estudando para aquele show acontecer. Dançar é se sentir vivo, é emocionar, trabalhar com memórias afetivas e conhecer seu verdadeiro eu”. 

E como foi trabalhar com o Voz de Minas? “Se te contratam, é porque querem um pouco da sua arte para eles brilharem dançando também”, afirma.

Para a reitora da Funorte Raquel Muniz, o Balé Ítalo Quadros foi um grande diferencial no concurso. 

“A performance deles encantou o público e trouxe movimento para as apresentações dos candidatos”, destaca, Raquel que foi a mestre de cerimônias do evento que distribuiu R$ 9 mil em prêmios, além de bolsas de estudo, horas para gravação de direitos autorais em estúdio e outros prêmios. 

Para o ano que vem, o desafio da companhia de Quadros é voltar com os grandes espetáculos. “Vamos ser instrumento para que todas as pessoas se vejam dançando em qualquer passo da dança. E, claro, viver somente da dança. Aos poucos estamos sendo reconhecidos e valorizados no nosso país”, diz.

Para acompanhar o trabalho do Italo Balé: @italoquadros 

Ítalo Quadros/Fb e (38) 99176-7760

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