Adriana Queiroz
Repórter
Pedro Bismarck, O Nerso da Capitinga já esteve em Montes Claros há alguns anos. Falou com alegria da hospitalidade do povo norte mineiro, e agora, está de volta aos palcos, para apresentar seu novo espetáculo Bobeira Pega, recheado de piadas inéditas e consagradas. O evento acontece no dia 18 de janeiro, sexta-feira, no Centro de Eventos Moc, na Sociedade Rural.
Quando criança, o que o menino Pedro mais gostava era de fazer graça e quando percebeu que era mesmo engraçado, foi para Juiz de Fora para servir o Exército, onde pretendia seguir a carreira militar.
Foto: Divulgação
Os primeiros trabalhos foram os shows que fazia em Juiz de Fora e região e em 1984 levou o Nerso para o palco pela primeira vez.
Como você criou o caipira Nerso da Capitinga?
O personagem Nerso da Capitinga surgiu como uma brincadeira. Na época eu já estava no exército, e depois de cinco horas da tarde, não tínhamos muito o que fazer, aí eu começava a brincar com os colegas fazendo o menino bobo da roça. Eu contava as piadas já adaptadas para o linguajar do povo da Capitinga e com isso, eu criei o personagem em meados de 1981.
Teve algum ídolo ou inspirador?
Chico Anysio, inclusive foi ele quem escolheu o nome do Nerso e o nome Pedro Bismarck. E foram apostas tão certeiras, que dão certo até hoje.
O que diria sobre Chico Anysio?
Foi uma honra indescritível trabalhar com ele. O Chico sempre foi o meu ídolo e eu sempre me espelhei no seu profissionalismo para embasar o meu trabalho. Às vezes eu imitava alguns dos seus personagens e era expectador ferrenho de tudo o que ele fazia. De repente me deparei com aquele monstro do humor não só me orientando como me recebendo no seu programa. A Escolinha foi sem dúvidas a maior oportunidade que tive na minha carreira e o Chico foi literalmente o meu primeiro professor (risos).
Você gosta do humor atual?
Qualquer tipo de renovação traz o sentido da evolução. Vejo essa renovação do humor atual como algo importante para o cenário humorístico brasileiro. É claro que alguns que chegaram não vão ficar, mas tantos outros nomes com certeza vão permanecer, pois não estamos falando somente de oportunidades, estamos falando também de uma turma que trabalha com seriedade, respeitando o seu público e que aprendeu a desenvolver o seu dom.
O que você acha da televisão brasileira?
A televisão brasileira sem dúvida nenhuma é uma das melhores do mundo, tanto em variedade quanto em qualidade de produção.
Nos momentos de lazer, o que gosta de fazer?
Ficar em casa, ler, assistir televisão e principalmente curtir minha netinha que vai fazer 02 anos.
Para quem você diria poucas e boas?
Para minha sogra, que já morreu (risos). Brincadeira, eu tinha uma relação ótima com ela. Sem querer ser politicamente correto eu diria poucas e boas para o corrupto, para a pessoa que não cumpre o que assume, para o violento, enfim e outras coisas do gênero...
Alguma mensagem para nosso leitor?
Eu estive em Montes Claros há muitos anos e fui muito bem recebido, então é com muito prazer que estou voltando para me apresentar com um show inédito para essa região. Espero contar mais uma vez com o carinho e com a presença de todo o publico de Montes Claros.