O grupo Curriola Catrumana tem se destacado no cenário musical de Montes Claros e de todo o Norte de Minas. No repertório, composições próprias de cada integrante e de grupos e artistas consagrados como Agreste, Raízes, Tino Gomes e Georgino Júnior, Banda Pau e Corda e Alceu Valença.
O grupo é formado por Marcílio Maia (vocal e violão), Chorró Moraes (vocal e violão), Tico Lopes (vocal, violão e percussão), Sérgio Damasceno (vocal, sax e flauta), Josecé Santos (vocal e violão), Carlos Maia (vocal e violão), Carlos Alkimim (contrabaixo) e
Marcos Paracatu (vocal e violão). “Pretendemos fomentar a nossa cultura de forma em que os artistas sejam valorizados, tocar em lugares bacanas e para públicos que gostam de música boa”, diz Marcílio Maia.
O NORTE conversou com Marcílio Mais, que é graduado em Arquitetura e Urbanismo e pós-graduado em Gestão Ambiental.
Como surgiu a Curriola Catrumana?
Fizemos uma homenagem ao Ildeu Braúna, reunindo vários artistas no palco, e cada grupo escolheu uma música dele para interpretar. Eu cantei Bandeira Boiadeira. O público gostou muito de todas as interpretações e dali começou a germinar a semente para fazer um trabalho mais condensado. Começamos a nos encontrar e tocar juntos nos ensaios, visando fazer um grupo e um movimento cultural em Montes Claros, tendo como referência o Clube da Esquina. Aí, criamos o nome Curriola Catrumana, que significa um bando de sertanejos matutos, pessoas simples, que gostam de música regional, MPB, jazz, blues, pop e o rock.
Qual é a música que não pode faltar no show?
Tantas músicas não podem faltar, inclusive, as autorais. Mas vamos fazer uma homenagem aqui ao Charles Boa Vista, com Brejo das Almas, e a Braúna, com Bandeira Boiadeira.
Vocês se apresentaram em muitos lugares. Qual a experiência mais significativa que tiveram?
O grupo é muito amplo na escala individual dos seus componentes, pois temos o Chorró Moraes e o Sérgio Damasceno, que eram integrantes do Agreste e já tocaram em São Paulo, com música em novela da Rede Globo. Temos o Tico Lopes, que já rodou o mundo em sua participação no Banzé. O Josecé Santos, que já tocou em vários lugares em Montes Claros, Belo Horizonte e região. Temos o Carlos Maia, que, inclusive, tocou na Europa, além de Marcos Paracatu, que sempre participa e ganha festivais aqui e na região, entre outros. Inclusive fiz um trabalho contra a urbanização e o suicídio dos índios, misturando a nossa música urbana com a música tribal dos índios kaiowas e os terenas, que teve repercussão nacional nos canais de televisão.
Como encara as parcerias artísticas?
É de extrema importância fazer parcerias artísticas, pois amplia a escala musical, enriquece a arte de forma geral e multiplica o leque cultural. Pois a arte é socialização, no sentido de tocar a emoção das pessoas, fazer os olhos brilharem, trazer de volta o sorriso, alegrar o coração das pessoas. E parceria traz isso, pois cada um tem uma coisa nova para mostrar, uma letra nova para musicar e novos arranjos para serem feitos. Assim se faz arte! Somos o Curriola Catrumana e chegamos para ficar. Arrupia, Montes Claros!