Michelle Tondineli
Repórter
Diversão e boas risadas em Montes Claros, durante longos 60 dias, ficarão por conta do Circo Park Portugal, que estréia hoje à noite no estacionamento do Ibituruna Center.
De acordo com o diretor do circo, Marcos Portugal, a vida de circo é tradicionalmente nômade.
- Vamos de uma cidade para outra e já estamos na 8ª geração. Hoje, o nosso circo é composto por 42 famílias e é o maior da América Latina. O único que a pessoa vem e paga pelo circo e tem acesso grátis ao parque de diversões.
Marcos fala que há 84 anos o circo tem procurado levar alegria, diversão e simpatia aos quatro cantos do país, de norte a sul e de leste a oeste.
(MICHELLE TONDINELI)
Arena do parque de diversões
começa a ser preparada.
- Viajamos muito e conhecemos muitas cidades, por isso Montes Claros não poderia ficar fora da nossa rota da alegria. Vamos preencher todo o mês de férias, até o fim de fevereiro, durante 60 dias - diz.
Segundo o diretor, para manter o circo park os gastos são altos e os equipamentos devem ser de última geração com grande qualidade.
- Temos aparelhos de última geração. Para o parque de diversões temos uma pequena montanha russa, auto pista, gruta do terror e outros. Já no circo temos dois camelos, quatro dromedários, dois elefantes e dois cavalos. Além de globo da morte, temos, ainda, palhaços, malabaristas, show do Egito, trapézio e outros. Tenho certeza que toda cidade merece um evento deste porte - afirma.
Segundo Marcos, a vida de circo é prazerosa e difícil ao mesmo tempo.
- Exige muito de nós, temos que estar preparados. A infra-estrutura é cara. Temos 38 containeres de equipamentos, além de iluminação, animais e manutenção de equipamentos. É difícil ter uma empresa itinerante, mas procuro fazer o melhor.
Com relação aos animais do circo, Marcos afirma que todos possuem registro do Ibama e um veterinário especial.
- Eles fazem parte da nossa família. Temos alimentação balanceada, é tudo bem cuidado. Há uma grande controvérsia sobre o uso de animais em circos, mas não podemos pensar em maus tratos - diz.
O diretor afirma que as famílias que fazem parte do circo são tradicionalistas e acreditam no trabalho que fazem.
- Nunca tivemos um caso de alguma família nos abandonar. São todos muito bem tradicionalistas, as crianças frequentam a escola nas cidades onde passamos e somos todos muito unidos. Quando perdemos algum membro do circo, não se deve acreditar no mito da substituição. Nenhum de nós pode ser substituído.
Segundo Marcos, o circo é comumente uma companhia itinerante que reúne artistas de diferentes especialidades e a tendência é crescer durante os anos.
- Não trocaria minha vida de circo por nada. Foi o que herdei e continuarei com eles, para que possamos evoluir cada vez mais. Quando começamos, não existia quase nada, eram apenas uns pauzinhos, pratinhos e lonas. Cada vez mais vamos evoluindo e a tendência é crescer mais do que esperamos ou imaginamos - finaliza.
Outras informações podem ser obtidas através do telefone (38) 9120–1892.