CD que será lançado em MOC traz força do Clube da Esquina

Show que apresentará o álbum “Telo” será neste sábado, a partir das 21h

Adriana Queiroz
28/11/2019 às 08:40.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:50
 (DIVULGAÇÃO)

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Um dos integrantes do icônico Clube da Esquina – movimento musical que esteve ativo entre as décadas de 1960 e 1970 –, o compositor e tecladista Telo Borges lança o CD “Telo”, para fãs e amigos, durante o coquetel-show que acontecerá neste sábado (30), às 21h, na Casa São Carlos Eventos, bairro Interlagos, em Montes Claros. Em turnê de lançamento deste que é seu quinto álbum solo, Telo mostrará músicas inéditas e sucessos que marcaram gerações.
 
No palco, ele se apresentará com os músicos Gerdson Mourão (baixo elétrico), Pedro Dutra (guitarra e vocais) e Cyrano Almeida (bateria). Fãs e amigos poderão mergulhar no universo do Clube da Esquina. Telo, que autografará, em Montes Claros, o novo álbum – disponível para venda no local do show–, fala com exclusividade a O NORTE.
 
Por que incluiu Montes Claros em sua turnê de lançamento do CD que acaba de produzir?
Recebi um convite muito legal do montes-clarense Eduardo Maciel, que também participa do meu CD, com três composições lindas, e, claro, ele é meu convidado para participação especial neste show.
 
Qual é sua relação com Milton Nascimento e os demais integrantes do Clube da Esquina?
O Bituca, Milton Nascimento, sempre foi considerado por mim e toda a minha família – meu pai e irmãos –, como um irmão. Meu pai o considerava como se fosse o 12º filho, porque, quando ele veio morar em Belo Horizonte, vivíamos no mesmo prédio e ele dormia lá em casa. Depois, ele foi para o Rio. Ficava hospedado com a gente, mesmo após nos mudarmos para Santa Tereza. 
 
Você participou da banda dele, não é?
Sim, por cinco anos. Foi uma história legal, porque a gente ganhou um Grammy Latino com uma música que é parceria nossa e foi uma sugestão de outro montes-clarense, o Beto Guedes, que se apaixonou por um tema instrumental meu e queria gravar de qualquer maneira. Aí, o Beto sugeriu que o Bituca escrevesse alguma coisa sobre esse tema, que acabou virando “Tristesse”, uma música que entrou na trilha da minissérie “A Casa das Sete Mulheres”, produzida e exibida pela rede Globo. Então, é interessante, porque tem o “dedo” do Beto Guedes nesse prêmio Grammy (2003) que ganhamos com “Tristesse”.
 
O que o público pode esperar no repertório deste show de lançamento?
Esse show foi preparado com muito carinho para Montes Claros. Já estive na cidade outras vezes, acompanhando o Beto Guedes, o Lô Borges, assim como fazendo show da minha carreira solo. Então, montei esse repertório com muito carinho, incluindo algumas canções do Clube da Esquina, como “Clube da Esquina nº 2”, “Quem sabe isso quer dizer amor”. Vou tocar também outras músicas da MPB, e claro, minhas músicas mais conhecidas, como “Voa bicho”, “Vento de maio”, e a própria “Tristesse”. É um repertório muito legal, que tem algumas músicas conhecidas, para o pessoal participar e cantar com a gente, e inéditas. 
 
Que balanço você faz da sua carreira?
Nesses 40 anos de carreira, faço um balanço bem positivo, de muita alegria e muitas histórias. Comecei lá, aparecendo na contracapa do antológico disco “Clube da Esquina”, aquele disco do Milton e do Lô Borges, que se tornou uma referência muito especial. Na minha carreira de músico, acompanhei o Beto por 12 anos, depois, com o Lô (a gente faz shows juntos até hoje), com o Flávio Venturini, o Milton Nascimento, por cinco anos. E também venho gravando meus CDs autorais. Vejo com um saldo para lá de positivo. Reconheço, até, que não tenho acesso ao “grande público”. Mas as pessoas que conhecem o meu trabalho gostam, e isso para mim é uma alegria muito grande. Estou feliz com a minha vida, com minha carreira, com o cuidado de Deus com a minha vida inteira.

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