Michelle Tondineli
Repórter
A música tem acompanhado o homem desde a pré-história, tornando-se um elemento característico do ser humano. É impossível pensar no mundo atual sem a música. Além das bandas musicais que enlouquecem milhões de fãs em todo o mundo, ela ainda está presente nos toques de celulares, comerciais de TV, nos sons que saem do computador, entre inúmeros outros exemplos.
Sendo assim, a cantora Patrícia Drumond encanta várias pessoas em Montes Claros com seu jeitinho harmonioso, meigo e talentoso. Atualmente está seguindo carreira solo e começou a fazer shows há sete anos nos bares da cidade.
Psicologia e música combinam na opinião de Patrícia.
- Desde os 16 anos venho participando de alguma forma da cena musical da cidade, através de diversas participações nos shows do Jukita Queiroz, que sempre me incentivou muito. Dessa época para cá, participei de festivais, e do lendário projeto 4 cantos, de duração de um ano e meio, sob orientação da preparadora vocal Babaya, de Belo Horizonte - afirma.
Ela diz que no início não cantava sozinha e agora se atreveu a tentar a carreira solo.
- Neste ano, fiz uma apresentação importantíssima na Fenics 2009. Era um show de abertura para o grande João Bosco. Posteriormente, houve uma apresentação no Centro Cultural - conta.
Com o intuito de cantar e ser feliz, Pat Drumond tem participado de vários shows com cantores da cidade, sendo nas apresentações dela, ou deles.
- Normalmente participam comigo Jukita Queiroz, Bil Souza, Rafael Carneiro (Lobão), Marcelo Andrade, Danilo Pinta e Bete Antunes. Já participei de shows com estas pessoas em diversos formatos, completa.
Além de cantar, Pat também faz uma percussão de leve, sempre com o melhor da bossa nova, samba, regional, música com suingue e outros.
- Gosto de ter meu corpo mais livre, uso ele muito. Sinto necessidade de expressar além da voz. Escolhi estes estilos porque é o tipo de som que mexe comigo, que me dá prazer e música é prazer, ressalta.
Os shows fixos ainda não foram permitidos para Pat. Ela fala que é por isso que não possui empresário, por não ter necessidade.
- Meu lado “de obrigações” com a vida está me impedindo um pouco no momento de poder me entregar e me lançar mais aos meus projetos. Canto frequentemente em festas particulares, bares e restaurantes como o Dona Redonda e o Bravo Trattoria - explica.
Preparando para gravar um cd com músicas próprias, Pat tem realizados ensaios na própria casa ou na do amigo Lobão. Fez participação nos dois cds do Jukita Queiroz e no CD do Projeto 4 cantos.
Outras informações: (038) 9195-4663.
UM ESTILO SAUDÁVEL DE VIVER
Viver de música, sonhar com a musicam levá-la sempre em todos os caminhos, é o que grande parte dos músicos fazem. Sendo assim, a cantora e percussionista Patrícia Drumond, diz que é viável viver de música em Montes Claros, mas muito difícil.
- Normalmente as pessoas que trabalham com música na cidade, trabalham também com uma outra coisa, têm um outro emprego para poder segurar a onda, porque realmente é bem complicado, exclama.
Ela fala que aquele músico iniciante quase não tem opção para viver de música, ainda possui muita coisa para aprender, diferente do músico profissional ou experiente.
- Se você for um músico profissional, com formação na área, você tem a possibilidade de trabalhar com música em faculdades, escolas e tocando também. Porém, no caso do pessoal que tem a pretensão de sobreviver tocando nos bares e em festas somente da cidade, é meio complicado. Na nossa cidade rola uma coisa histórica onde o músico aqui não é bem remunerado, argumenta.
Pat está formando em Psicologia e pretende atuar na área, ela diz que muitos músicos acabam tendo vida dupla.
- É complicado melhorar o espaço musical da cidade. Teríamos que mudar a cabeça das pessoas, já que o pessoal aqui dá um espaço tremendo para o axé e para o sertanejo. A mídia trabalha muito neste sentido. É uma situação bastante complexa, apesar de já ter melhorado muito, afirma.
Patricia por enquanto não pretende sair de Montes Claros por enquanto. Com o fim do ano chegando a formatura em psicologia está próxima.
- Eu preciso aliar a minha carreira como psicóloga com a minha carreira como cantora, por isso preciso construir muita coisa por aqui. Quem sabe aliar a música com a Psicologia em algum trabalho. Tem tudo a ver, exclama.
Cantar é uma das coisas que a faz mais feliz. A cantora explica que cantando pode ser ela e também não pode ser.
- Posso entrar nas canções e viver uma história que não é minha, mas que poderia ser. Adoro cantar, adoro sentir a música, me movimentar. Isso faz com que eu me encontre e me aproxime de mim, além disso, é demais as interações que acontecem através da música. O encontro com as pessoas, o astral que rola no palco, as amizades que surgem, as trocas. Enfim, não imagino como seria minha vida sem a música, não seria eu, conclui.
Pat nunca participou fixamente de uma banda, realiza muito trabalhos como free lancer.
- Neste momento faço parte da banda minha. E faço parte de um projeto novo com mais dois músicos da cidade, mas como é bem recente não estamos divulgando ainda. Espero crescer musicalmente, ganhar espaço e continuar feliz, fazendo um bom som. O objetivo inicial tem que ser sempre o do prazer, finaliza
Contato para shows (038) 9195-4663.