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Segunda-Feira,10 de Novembro

“Cabaret Mineiro”, do diretor montes-clarense Carlos Alberto Prates Correia, é a atração do Cinema Comentado

Neste sábado, 21, o Cinema Comentado Cineclube exibe Cabaret Mineiro (1979)

Jornal O Norte
Publicado em 20/02/2015 às 01:07.Atualizado em 15/11/2021 às 16:30.


Samuel Reis

Neste sábado, 21, o Cinema Comentado Cineclube exibe Cabaret Mineiro (1979). Com produção, direção e roteiro de Carlos Alberto Prates Correia, e fotografia de Murilo Salles, o filme têm a seguinte sinopse: Durante viagem de trem pelo norte de Minas, Paixão, elegante aventureiro, se apaixona por Salinas. Os dois se amam na cabine-leito. De manhã, ao acordar, ele verifica que não existe ninguém na cabine. Em Montes Claros, durante o pôquer, Thomas, um americano, apresenta um novo jogo. Paixão inventa, então, o cri-cri; a seu ver, superior ao do americano. Já numa cidade vizinha, Paixão, embriagado, sonha com Salinas. Ele dorme na areia do rio onde encontra Evangelina, uma adolescente que faz yoga nua. De volta a Montes Claros, Paixão se apaixona por Avana, dançarina espanhola dona de um cabaré. Os dois vão morar em Grão Mogol, numa paradisíaca casa de campo.

Carlos Aberto Prates Correia, cineasta natural de Montes Claros, tem como característica cinematográfica a autenticidade e exposição de elementos próprios da região norte mineira, em especial a sua terra natal. Nesta região, já explorada por Guimarães Rosa pela vertente da literatura, o diretor se inspira e explora uma linguagem própria, evidenciando uma releitura crua e, por muitas vezes, picaresca das peripécias e anedotas dos protagonistas. Perfis da cultura popular, originários das manifestações e da musicalidade dos ternos de catopês, associam-se com as chacotas irônicas elaboradas pelos meninos e crianças. Destaque para as interpretações inspiradas do elenco e para a música de Tavinho Moura - elemento que completa (e orienta) as aventuras carnavalescas do poeta Paixão.

Segundo o crítico Jean Claude Bernardet:
- No Cabaret você sente que tudo se realiza, explode, e ele tem um projeto visual, um projeto rítmico muito próprio. Não tem história, podia a qualquer momento cair, podia se desarticular. “Mas não, ele vai, se renova a cada instante, a cada instante você tem elementos que vão enriquecer o plano e que você não esperava, uma originalidade de enquadramento, é belíssimo, é belíssimo...”.

Classificação etária do programa: 18 anos.

A exibição dos filmes do Cinema Comentado Cineclube acontece aos sábados na sala Geraldo Freire, a partir das 19h. Vale lembrar que a entrada é gratuita e aberta para toda a comunidade interessada em cinema e debates sobre o assunto da sétima arte. Acompanhe o Cinema Comentado pelas redes sociais: www.facebook.com/cinemacomentadomontesclaros

Próxima atração
28/02 – “No Espaço não Existem Sentimentos” (2011), dir: Andreas Öhman.

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