Michelle Tondineli
Repórter
O Artesanato Vem que Tem procura investir no mercado de encomendas artesanais de Montes Claros há 14 anos. Idealizado por Adailton Gomes da Silva, cestinhas, guirlandas, bolas, casinhas, carrinhos, tartarugas e outros de madeira e cipó são feitos pela pequena fábrica.
De acordo com Adailton Gomes, a empresa Artesanato Vem que Tem não é profissional, mas cresce a cada dia com novos conhecimentos.
– Estes trabalhos são realizados todos os dias, é um trabalho popular. Também fazemos ornamentação de festas com bambu e madeira. Para realizarmos o trabalho, é necessário que a empresa solicite a encomenda antecipadamente - diz.
O artesão fala que sempre viveu de arte, mesmo encontrando algumas dificuldades.
- É difícil conseguir matéria-prima. Uns anos atrás, conseguíamos gratuitamente, hoje preciso pagar ate pelo capim que trabalho.
Cestinhas de madeira são feitas por encomenda.
Já fizemos uma exposição no Automóvel Clube e com isso conseguimos exportar mercadorias para fora. Atualmente, atendemos Janaúba, Porteirinha, Januária e outros - afirma.
Adailton diz que grande parte das ideias para se construir qualquer produto vem muito do que o cliente quer.
- Ele fala como quer, imagina e nós fazemos. Algumas coisas são fáceis, mas nem sempre conseguimos fazer de primeira vez. Nunca tivemos doação de material, e para conseguir é bem difícil. Os materiais que nós mais utilizamos são o bambu, cipó e madeira, nossa madeira é comprada em Janaúba - afirma.
O prazo para entrega das encomendas depende do pedido. Adailton afirma que algumas mercadorias demandam mais tempo.
- O tempo gasto na produção da mercadoria vai variar com o que é. Alguns, gastamos 20 minutos, outros podem demorar 04 horas, depende. Nós trabalhamos com 05 cinco pessoas. No carrinho, por exemplo, um lixa, outro corta, outro pinta, depende, assim é mais fácil que o serviço rende.
A máquina serra, fura e lixa - diz.
Segundo Adailton, a pequena fábrica pode pegar mais de uma encomenda por dia, o que não falta é cliente.
- Este mês estamos de férias, não estamos ficando ricos, mas deixamos nosso cliente satisfeito. Minha empresa está crescendo e este local onde estamos está bem apertado. Aí, mudaremos para outra rua do bairro, um novo galpão, com algumas máquinas novas para trabalhar melhor e aumentar a renda de mercadoria - afirma.
A fábrica fica um pouco distante da cidade, mas Adailton fala que é uma opção dele, para não incomodar os moradores.
- Prefiro ficar distante da cidade. Na questão de poeira e de trabalho, não quero incomodar os outros. A distância não atrapalha, pois os clientes fazem o pedido por telefone e quando precisa eu vou até o local. Vamos aumentar o preço quando aumentarmos a produção. Nosso lucro é mínimo, mas quando chegamos ao final, no montante, nos satisfaz - finaliza.
Outras informações podem ser obtidas através do telefone (38) 9968-7345 ou na Avenida 25, Santo Amaro.