Artista tem como diferencial a mistura de materiais

Jornal O Norte
Publicado em 03/08/2010 às 11:26.Atualizado em 15/11/2021 às 06:34.

Michelle Tondineli


Repórter



O artesanato com coco, com apliques de outro e prata, é um dos mais bonitos encontrados no estado de Minas Gerais. O artesão Marcelo Ribas, que trabalha com estes materiais, tem esta arte como ofício desde 1988.



- Isso aconteceu quando resolvi conhecer o mundo e fui aprendendo mais sobre o artesanato. Fui conhecendo novas pessoas, novas culturas e aprendi o artesanato com metais, couro, linha, palha e outros materiais, com os quais fui criando a minha técnica e a minha arte. Atualmente, eu trabalho com coco, prata e ouro - conta.



Parte do material é comprada, e o restante é colhido pelo próprio artista. 



FOTO MICHELLE TONDINELI


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Para Marcelo Ribas, o melhor público


consumidor são os turistas
.



- Eu trabalho com dois tipos de coco, o Guariroba, que eu mesmo faço a colheita da semente e da casca é para a produção do anel. O coco da Bahia que costumamos beber é para a produção de pingentes. A prata e a pedra eu costumo comprar em Belo Horizonte ou ate mesmo em São Paulo. Costumo criar no papel e depois passo para o material. Geralmente, imagino um desenho, um símbolo, algo que combine com as pessoas, letra de nome de namorado, ideograma japonês e por aí vai. A maioria do meu trabalho é encomenda - afirma.



Para Marcelo Ribas, o viver de artesanato, hoje em dia, tem dois lados, do ponto de vista da vivência e do financeiro.



- Eu vivo de artesanato há mais de 20 anos. O ponto da vivencia não tem preço, moro em Milho Verde e lá eu tenho outra qualidade de vida. E financeiramente vai depender da época e do local. Há quatro semanas não vendi nada em São Paulo, mas essa semana em Montes Claros eu vendi bem. Locais bons são festivais. Procuro sempre ir para lugares onde tenha turistas. Em São Paulo eu vendo em atacado, mas prefiro trabalhar em contato com o cliente - diz.



O artesão já viajou para vários lugares, dentro e fora do país. No roteiro percorrido pelo artista, países como Peru e Argentina, e estados como Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte.



- Só a experiência e a vivência de ir nestes locais e mostrar o meu trabalho é gratificante. O mais legal de tudo é que posso levar a origem do meu trabalho para vários lugares, como, por exemplo, o coco com ouro é de Diamantina, e o coco com prata é de Montes Claros - afirma.



Ribas possui ateliê em Milho Verde, mas pretende ficar em Montes Claros até as festas de agosto.



- Trabalho com várias técnicas, desde fundir o metal com o coco bruto, para saber como você vai abri-lo e vai formar. Também uso muitas técnicas de joalherias, transformando em fio e chapa, e misturo com a técnica do coco, unindo os dois. Eu sou visitante na feirinha, não tenho dias fixos para ir - conclui.



Outras informações (38) 8811-2328,  (31) 8697-6101 ou ribasxaranin@hotmail.com

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