Adriana Queiroz
Repórter
 Esteticamente sua arte é bem jovem, conversa bem com o que se vê sobre arte contemporânea urbana |
Ele nasceu em Montes Claros, residiu em Brasília-DF e São Paulo e escolheu o Rio de Janeiro para fixar residência.
Prazim é formado em Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, pós-graduado em Administração, graduação tecnológica em Produção Fonográfica e diversos cursos em áudio e acústica. Nesses últimos anos trabalhou como produtor musical. Seu primeiro grande ídolo foi Pablo Picasso.
-Na adolescência, Jean Michel Basquiat me trouxe muito mais interesse em conhecer mais sobre arte, estudar, pintar. Hoje, todas as manifestações artísticas estão cada vez mais interligadas, seja pintura, vídeo, poesia, música, grafite. Encontramos artistas fantásticos em galerias e, ao mesmo tempo, em murais feitos em prédios, ou em estúdios de tatuagem, decoração de festas, shows de música eletrônica, novos conceitos em decoração, moda design etc. Alguns artistas contemporâneos que me influenciam são Art Kalinin, Jamison Alexander Gish, Remi Rough, Felipe Pantone, todos muito interessantes - conta.
Desde pequeno teve muita inclinação para música e artes plásticas. Aprendeu piano, violão, guitarra, entre outros e paralelamente sempre gostou de desenhar. E claro, se arriscava com as tintas, sempre com o apoio da família.
- Meus pais não tocam instrumentos nem pintam, mas sempre me incentivaram bastante, me deram todo apoio. Com o passar dos anos continuei estudando música e por algum tempo deixei a pintura de lado, continuando sempre a manter algum contato por estudo de design gráfico, por conta da publicidade, ou alimentando o interesse por meio de leitura. À medida que eu evoluo mais imerso fico, e mais simbiótica sinto minha relação entre pintura e música - diz.
E por falar em seus quadros, que são de diferentes temas, ele diz que geralmente são inspirados na natureza. Atualmente suas pinturas estão no caminho da abstração. O artista utiliza cores e formas geométricas para expor uma interpretação sobre um momento, paisagem ou situação.
- A reflexão a que me proponho e que procuro dividir é um questionamento virtual e também estético da realidade. Por isso, digo que é um caminho entre figuração e abstração, pois o que vemos e sabemos sobre a realidade não é nada além de interpretações físicas dos nossos olhos e repertório memorial. Mas ao nos permitirmos, conseguimos extrapolar os sentidos e simplesmente sentir. Esse efeito mágico a maioria das pessoas sente na sua música favorita ou num filme triste. Assim, estou em busca de aprender a me apropriar desse sentimento e resignificar as cores, sob o meu ponto de vista, é claro - revela.
A mostra segue até o dia 20 de dezembro, no Ateliê Galeria Felicidade Patrocínio.