Artista monta ateliê próprio

Jornal O Norte
Publicado em 30/04/2010 às 12:07.Atualizado em 15/11/2021 às 06:27.

Michelle Tondineli


Repórter



As artes plásticas têm se desenvolvido cada dia mais em Montes Claros. Cecília Maria Pierandrei dos Santos, há 18 anos, esboçou as primeiras pinceladas e, desde então, nunca conseguiu parar de pintar.



- Sinto que no pretérito essa insaciável sede de retratar o olvido já se fazia intensamente presente. O artista não tem gosto próprio, se vai pintar flores, animais ou outros. Suas obras, em outro plano, já existem. A mágica de pegar no pincel, o encanto de iniciar os rabiscos, a perda do sentido temporal, a aquisição de uma terceira visão, e, pronto - destaca.



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A artista prefere pintar temas com flores.



- Para pintar, é preciso tintas, tela, pincéis, água e outras coisas. Não acho que o mercado de Montes Claros seja difícil. O comércio de obras de arte, notadamente quando executado pelo artista, é ímpar. Cada ideia compartilhada, cada gosto harmonizado, cada visão descoberta é uma forma subliminar de venda, onde a realização do momento resplandece num futuro indeterminado como um pontilhado, uma cor, uma ideia, um sentido, uma sensação, uma realização - diz.



De acordo com Cecília, para melhorar o espaço cultural na cidade, além do óbvio, é necessário aumento de exposições e eventos ligados à arte.



- O modo de se comercializar uma obra de arte tem que ser, a meu ver, revisto e estudado. Cada quadro adquirido tem que representar eternamente, tem que perpetuar inolvidavelmente a motivação do momento da aquisição - afirma.



Cecília Maria abriu sua própria galeria há dez anos, no centro da cidade. Ela fala que o artista é essencialmente um exibicionista.



- Tem a necessidade intrínseca de se fazer conhecer pelas suas obras, já que todas são agregadas a uma porção significativa de seu eu. A forma mais lógica para a concretização deste reconhecimento é, obviamente, a visão pública de seu trabalho, o contato direto com o cliente ou observador, argumenta.



A artista diz que em seus quadros é a inspiração que dita tudo, inclusive o tamanho.



- O artista somente obedece. Assim, os tamanhos das telas são bastante variados. O valor normalmente está vinculado, dentre outras coisas, ao grau de complexidade do quadro e, também aqui, é bastante variado. O artista acaba por desenvolver mais que os outros os sentidos de observação, de abstração, de realocação de espaços e memorização. Um ponto qualquer pode ser visto como um mundo impregnado de sentido. Na realidade, é a forma de olhar o mundo, de enxergar detalhes, de misturar o observado com o oculto em seu inconsciente que determina o momento e o foco da inspiração - completa.



Como a maioria dos artistas, Cecília já realizou exposições, mas no momento não tem previsão de nenhuma.



- A exposição é extremamente gratificante e muito útil ao meu aprendizado. O contato com outras pessoas inevitavelmente agrega valor extra à obra do artista. Pelos generosos elogios recebidos, pelas sinceras manifestações de carinho vindas dessa simpática gente de Montes Claros, creio que meu trabalho está sendo bem aceito - finaliza.



Mais informações, na galeria, localizada na Avenida Presidente Vargas, número 28, sala 2, Centro, ou pelo telefone (38) 3221-0990.

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