Ricardo Homem é o curador da mostra Artur Pereira, Esculturas, que poderá ser vista a partir desta sexta, no centro de arte contemporânea e fotografia, em Belo Horizonte. A exposição apresenta uma seleção de momentos significativos do percurso do artista, desde quando fazia potes e fruteiras até o investimento no escultórico. O ícone da obra do artista são bichos, isolados ou reunidos em troncos, colunas, presépios, cenas de caçada etc, com imagens de exuberante força plástica e enorme densidade poética. 

- O fato de só agora um artista do porte de Artur Pereira estar ganhando livro sobre sua obra só revela problemas de quem faz arte em Minas Gerais. São esculturas que ganharam muito com o passar do tempo. Também chama a atenção para o modo como Artur Pereira direciona a escultura para o que o tronco sugere, tática que dá força singular às galhadas com vários animais reunidos – afirma o curador.

O artista Artur Pereira nasceu em Cachoeira de Brumado, distrito de Mariana, em 1920, terra natal também de dona Filhota, uma vizinha com quem se casou. Foi o terceiro de família de seis irmãos. Morreu em 2003. Na origem da escultura dele estava a profissão de lenhador, atividade pesada, mas que pagava bem. Ele já picou lenha, foi pedreiro, plantou roça, trabalhou em olaria e foi acertar fazendo careta de pau.

A exposição acontece no centro de arte contemporânea e fotografia, Avenida Afonso Pena, 737, Centro de Belo Horizonte. Mais informações (31) 3236-7400.