Artesão usa ideias psicodélicas para produzir cangas, camisetas e adereços

Jornal O Norte
Publicado em 29/07/2009 às 11:00.Atualizado em 15/11/2021 às 07:05.

Michelle Tondineli


Repórter



Dois jovens montes-clarenses têm procurado uma melhor forma para viver. Sendo assim, Samuel Dias e David Vargas realizam experiências desde camisetas até colares e brincos. As vendas são feitas através do boca a boca e da beleza dos trabalhos. Segundo os jovens, o mais importante é deixar a criatividade fluir.



(foto: MICHELLE TONDINELLI)


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Canga também completa a arte criativa.



Há quatro meses, o estudante Samuel Dias começou a produção de camisetas. Buscando algo que completa sua vida, dando forma a coisas que não tinham vida, ele vai fazendo o seu dia a dia.



- Decidi que iria trabalhar com a produção de roupas personalizadas. Quando eu e uma amiga pesquisávamos na internet, vimos que era fácil; a partir desse dia deixamos nossa criatividade fluir.  Então, nunca mais larguei a arte, sempre estou pintando, para mim ou para vender aos amigos – diz



Para ele, difícil foi aperfeiçoar a arte psicodélica, pois não tinha muito conhecimento sobre ela:



- Quando descobri essa arte em tecido, percebi que combinava muito comigo, porque sempre gostei de coisas diferentes e que trabalhassem muitas cores. Trabalhos que tivessem que usar a criatividade.



Samuel explica que seu trabalho envolve tecidos em algodão e laicra, para a produção de camisetas, cangas, bolsas de tecido e outros objetos. O trabalho com tecidos requer materiais específicos.



- O material varia, assim como a criatividade. Uso cordão, ligas de borracha para amarrar, luvas (à escolha da pessoa), corante (tinta), almotolias dependendo da tinta que for usar (vidrinhos de flúor usados em escola ou para aplicação de tinta de cabelo) e outros - explica.



Segundo Samuel, para as cores chegarem ao ponto certo depende da criatividade, da imaginação.  Para ele, não existe um padrão do material a ser usado e nem a quantidade de cores de cada trabalho.



- As pessoas pensam que tudo deve ser padronizado e que, para dar certo, deve existir uma forma específica de fazê-las. Mas trabalhar com arte não é assim, você precisa deixar a imaginação fluir. É o melhor que se deve fazer para achar o tom certo – diz.



Samuel explica que não é necessário estipular um tempo para chegar em cada cor. E ainda recomenda como deve ser realizada a lavação das peças:



- Você coloca no tecido, e vai analisando, às vezes faço uma blusa em um dia. Outras vezes demoro dois a três dias. Cada cor varia de 1, 20, 30 minutos, uma hora ou mais. Pode ser que, para secar a camiseta toda, demore no mínimo dois dias, se estiver fazendo calor; com o tempo frio, demora de cinco a sete dias. O que não se deve fazer é secar no sol, mesmo com ela molhada de tinta ou de água, que aí ela desbota e perde o charme.



O estudante fala que, no início, a produção era pessoal, as vendas começaram há cerca de dois meses:



- A venda ainda é baixa, pois muita gente gosta dos trabalhos, mas fica sem condições de realizar o pagamento. Não posso falar que o lucro está sendo alto, pois os compradores são poucos e ainda estou investindo nos trabalhos. Geralmente, cada camiseta sai por R$ 20, a canga varia de R$ 20, a R$ 50.



Para mais informações sobre esse trabalho, ligue (38) 3231.1929 em Brasília de Minas, ou (38) 3213.4655 em Moc.

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