Adriana Queiroz
Repórter
Onde quer que se apresente, seja nas noites de sexta-feira no Skema, ou no fim de semana em Seu Pimenta, saída para Belo Horizonte, Rose Vianna chama a atenção pelo repertório de canções brasileiras e francesas.
(Foto Divulgação)
Rose Vianna veio para Montes Claros na barriga da mãe, dona Clotilde, gente lá da simpática Coração de Jesus. Aqui, junto com seu Levi, dona Clotilde criou seus seis filhos.
Rose enveredou na música e estuda violão clássico no conservatório estadual Lorenzo Fernandez e tem se apresentado na noite montes-clarense, chamando a atenção pelo repertório de MPB e de músicas francesas. Também é bastante requisitada para festas particulares e recepções.
No repertório, Adriana Calcanhonto, Elis Regina, Ana Carolina, os grandes sambistas brasileiros e Edith Piaf, reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da Chanson. E Rose faz bonito quando canta La vie en rose (1946) e Non, je ne regrette rien (1960).
- Música para mim é uma maneira de expressar um sentimento, alegre ou triste. Gosto muito de cantar Romaria, gravada por Elis Regina nos anos 70. Tem muito a ver com minha família, me lembro de meus pais, o interior - conta.
Mas o que Rose gosta mesmo é de se apresentar em barzinhos, onde acaba sempre surgindo outros convites para tocar e cantar. Ainda bem. O montes-clarense gosta mesmo é de uma boa música ao vivo.
Rose também fala com emoção da música Como Nossos Pais, composta por Belchior, lançada no disco Alucinação (1976) e imortalizada na voz da maior intérprete da MPB, Elis Regina.
- Essa não falta em meu repertório. Expõe de forma poética as dificuldades de convivência entre a juventude e a ditadura militar. Quem nunca arriscou cantarolar no carro, no chuveiro Não quero lhe falar, Meu grande amor, De coisas que aprendi nos discos, Quero lhe contar como eu vivi, E tudo o que aconteceu comigo, viver é melhor que sonhar, Eu sei que o amor, É uma coisa boa, Mas também sei, Que qualquer canto, É menor do que a vida, De qualquer pessoa... Sempre ouvi Elis, sempre gostei dela - diz.
APRIMORANDO
Enquanto se apresenta pelos quatro cantos da cidade, Rose vai estudando seu violão clássico, aperfeiçoando cada vez mais, para lançar em breve, seu primeiro CD.
A cantora também conta muitas novidades sobre os anos que morou no exterior, em especial na cosmopolita Genebra, onde ficou por cinco anos.
E não foi pela natureza exuberante e nem pelos belos lagos, que a montes-clarense ficou por cinco anos por lá. Rose trabalhou numa churrascaria de uma portuguesa.
- Foi uma experiência boa em Genebra, diferente, várias nacionalidades, aprendi outra cultura - conta.
E ainda bem que Rose Vianna está de volta, cantando e encantando onde quer que se apresente, brindando o público com a boa música brasileira. E claro, com os clássicos Quelqu’un M’a Dit,de Carla Bruni, Ne me quitte pas de Jacques Brel, Parole de Alain Delon & Dalida e Petite Marie, de Francis Cabrel