Afetada pela pandemia, Berenice Chaves adaptou ao on-line o Cultive: Arte Coletiva

Adriana Queiroz
O NORTE
04/09/2020 às 00:56.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:27
 (Fernanda Azevedo/Divulgação)

(Fernanda Azevedo/Divulgação)

Após o susto em saber que seus projetos seriam interrompidos pelo lockdown e perceber que o mundo inteiro estava sofrendo com a pandemia, a produtora cultural e artística montes-clarense Berenice Macêdo Chaves se sentiu perdida. O trabalho de produção cultural foi completamente paralisado – o primeiro a parar e o último a voltar. Isso obrigou Berenice a se adequar à nova realidade, o que, segundo ela, ao final não foi tão ruim.

Beré, como é conhecida, reside em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador, e sempre que pode está produzindo grandes projetos em muitas cidades brasileiras, especialmente em Montes Claros. Ela decidiu, então, não deixar de lado, por completo, a vida profissional. Foi da necessidade de produzir, de lidar com a ansiedade por estar fora do mercado que Beré tem trabalhado para que o projeto Cultive: Arte Coletiva, criado antes da pandemia, continue sendo vitrine para diversos artistas. 

Com participação presencial no início, quando recebia artistas de todas as áreas – música, dança, artes plásticas e gastronomia –, ela acredita na possibilidade de fazer o Cultive: Arte Coletiva acontecer virtualmente. “Tive que reestruturá-lo para o formato on-line, que acontecerá, neste mês, a partir do dia 16, no meu canal no YouTube, agora, incluindo literatura, no lugar da gastronomia. Muda a experiência, mas espero que a emoção seja mantida”, revela.
 
DESAFIOS
Para a produtora, o maior desafio agora, talvez seja a ansiedade pela volta aos projetos de eventos presenciais, que exigirão muito mais atenção a detalhes importantes, como higiene e distanciamento. Ela acredita que a presença do público só é possível com muito cuidado e que, ainda assim, por estar receoso em frequentar lugares onde se aglomerem muitas pessoas, o público vai voltar ao poucos.

“Particularmente, creio que temos que nos adaptar a uma nova realidade, que exige atenção e mais cuidado com as pessoas e, também, à atualização com tecnologia, para que possamos seguir, trabalhando e obtendo receitas que sejam satisfatórias. No caso da classe artística, temo pelos que não têm um produtor, ou mesmo alguém que trabalhe empenhado na divulgação e desenvolvimento de projetos voltados para a nova realidade. Mas vamos enfrentar e seguir com a força de Deus no coração. Ele nos protegerá, pois acho que a arte é o que o ser humano tem de melhor. É sua essência, límpida e clara, é a expressão capaz de emocionar e mudar a vida das pessoas”, conta.

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