Logotipo O Norte
Quinta-Feira,13 de Novembro

A sinfonia de Victor Hugo: Artista norte-mineiro surpreende para qualidade da música que lhe veio por herança

Jornal O Norte
Publicado em 31/01/2011 às 09:49.Atualizado em 15/11/2021 às 17:20.

Adriana Queiroz


Repórter





Já dizia o poeta: afinal, o que há na música de mais sublime para enlevar o coração da gente? O que há escondido nela a comunicar com as nossas paixões, angústias, medos, ressentimentos, procuras, encontros e desencontros? Diria alguém que isto vem desde a criação do mundo. Deus criou o mundo como se compusesse uma sinfonia. Pois bem. Nosso dedo de prosa hoje é com o músico Victor Hugo, um artista que faz da sua música uma verdadeira sinfonia.



Foto: Adriana Queiroz










Victor Hugo Chagas e Souza nasceu em Manga, Norte de Minas, às margens do rio São Francisco, e cresceu numa família musical. O avô tocava  saxofone e os tios, flauta,trompete, surdo, pandeiro e  violão.





Aos 4 anos de idade começou seus estudos com a flauta doce, aos 8, violão e aos 10, teclado. Ao seu lado, sempre apoiando estava o pai, Raimundo Nonato, ou Dim Azeitona como é conhecido, em sua terra natal. Hoje, Seu Raimundo é o maestro da banda de música da cidade.





Victor Hugo mudou para Montes Claros e aos 15 anos ingressou seus estudos no conservatório de música Lorenzo Fernandez onde estudou por dois anos piano e violão clássico. Hoje é acadêmico do curso de Artes-Música da Unimontes, onde cursa violão e participa do coral da mesma instituição.








O que a música representa para você?





A música é pra mim como o ar que respiro, a comida que como, a água que bebo. Se não estiver presente em minha vida eu não vivo.








O que você tem ouvido?





Tenho ouvido muita música nacional, desde Noel, Pixinguinha, Cartola passando por João Gilberto, Tom Jobim, Chico, Gil, Caetano, Tom Zé, Elis. Também gosto muito de Geraldo Azevedo, Zé Ramalho, Alceu Valença, Grupos Raízes e Agreste, Beto Guedes, Lô Borges, Milton Nascimento, Legião Urbana, Cazuza, Lenine, Zeca Baleiro e por aí vai.








Com relação às pessoas, principalmente as que vivem nos bairros mais afastados, que não têm muito acesso a um teatro, cinema, música. Como sua arte pode ajudar estas pessoas?





Eu acho que um teatro, uma arena, um espaço destinado a apresentações é sempre bacana, mas não é o que importa no fim das contas. O que importa é a atitude das pessoas que são eleitas ou escolhidas para fazer algo pela cultura como também das pessoas que fazem cultura e das que recebem, ou seja, de todos!  A vida tem que ser um palco. O carnaval é nossa maior prova de arte, união e cultura. E é feito nas ruas!





Com relação a minha música, ela pode ajudar as pessoas carentes assim como as outras artes, porque as pessoas que não têm acesso precisam justamente conhecer, ver, ouvir de tudo um pouco para ter uma formação mais crítica e polivalente.








 

Compartilhar
E-MAIL:jornalismo@onorte.net
ENDEREÇO:Rua Justino CâmaraCentro - Montes Claros - MGCEP: 39400-010
O Norte© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por