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Terça-Feira,26 de Novembro

A multiplicidade da poesia de Fernando Aguiar

Jornal O Norte
09/10/2007 às 18:24.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

O poeta português participa


do 21º Psiu Poético, onde apresenta


as linguagens e matizes da poesia


experimental e visual que o consagrou

Jerúsia Arruda


Repórter


jerusia@onorte.net

O 21º Salão Nacional de Poesia Psiu Poético recebe, nesta quarta-feira, o poeta português Fernando Aguiar, considerado a maior expressão mundial da poesia experimental e visual. Em sua obra, o poeta combina palavras e artes plásticas, numa linguagem, ao mesmo tempo, fluida e sólida, de estética ímpar e inusitada.

Na manhã desta quarta-feira, Fernando Aguiar participa do projeto Poesia Circular, que acontece na Praça Doutor Carlos, no centro da cidade, quando apresenta performance poética e declama poemas. À noite, na sala Candido Canela do Centro Cultural Hermes de Paula, o poeta português apresenta a performance Traje-Soneto, após a sessão de lançamento de livros.




O poeta português Fernando Aguiar, considerado a maior expressão mundial da poesia experimental e visual, participa da programação do Psiu Poético nesta quarta-feira

Fernando Aguiar nasceu em 1956, em Lisboa, e se dedica à poesia experimental e visual desde 1972, uma técnica poética que utiliza os mais diversos suportes, combinando uma multiplicidade de linguagens e matizes, rompendo as fronteiras da literatura oficial, clássica e acadêmica, sem, entretanto, ser esteticamente menos elaborada, conceitual e cultural.

Licenciado em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, Fernando Aguiar organizou diversas exposições e Festivais de Poesia e de Performance e, desde 1983, apresentou mais dezenas de leituras e performances poéticas em Festivais, Museus e Galerias em vários países de todo mundo.

Com vários livros publicados, diversas exposições individuais e mais de 400 exposições coletivas, o poeta tem como principais obras O Dedo (ed. Autor, Lisboa, 1981); Rede de Canalização (ed. Câmara Municipal de Almada, 1987); Minimal Poems (ed.Experimentelle poetry, Siegen, Alemanha, 1994); Os olhos que o nosso olhar não vê (ed. Associação Poesia Viva, Lisboa, 1999); e a essência dos sentidos ( ed. Associação Poesia Viva, Lisboa, 2001), além de ser incluído em 55 antologias de literatura contemporânea em diversos países e colaborar com jornais e revistas de arte e de literatura em 35 países. Seus poemas visuais também foram publicados em várias revistas e cartazes de exposições internacionais.

No último mês fevereiro, a poesia experimental de Fernando Aguiar foi tema de exposição em Lisboa, onde o poeta apresentou fotos de fachadas de casas comerciais do centro de Montes Claros e vídeos-poemas realizados em Diamantina. No próximo ano, a obra do poeta português também será publicada pela Editora Orobó, de Belo Horizonte, com edição do também poeta, escritor e ensaísta, Anelito de Oliveira.

A apresentação da performance poética de Fernando Aguiar acontece nesta quarta-feira, às 21 horas, no Centro Cultural. A entrada é gratuita.

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