Morreram no último domingo, 27, dois escritores e intelectuais respeitados e muito queridos em todo o país. No sul, em Porto Alegre, Moacyr Scliar (1937-2011), e, em Belém do Pará, Benedito Nunes (1929 - 2011).
Scliar tinha mais de 70 livros publicados, dezenas de traduções de alta qualidade, ganhou três prêmios Jabuti (2009, 1993 e 1988) e o prêmio Casa de Las Américas em 1989. Médico sanitarista, começou a escrever em 1970 e acabou trocando a medicina pela literatura. Scliar também recebeu pelo romance A Majestade do Xingu, em 1998, o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras, em que era titular da cadeira nº. 31. Ele foi sepultado segunda-feira, 28, no Cemitério do Centro Israelita da capital gaúcha.
Moacyr foi um ficcionista de primeira linha e conseguiu a proeza de ganhar quatro vezes o maior prêmio literário do Brasil, o Jabuti. Apesar de tão premiado, mantinha uma postura simples. Apreciava as rodas literárias, sem se deixar contaminar por uma vaidade que atinge a quem tem mais pose do que talento.
Moacyr esteve em Montes Claros, no dia 20 de agosto de 2008, no Centro Cultural Hermes de Paula.
Pensador raro
Benedito Nunes venceu o Prêmio Jabuti 2010 na categoria crítica literária, por seu livro A Clave do Poético. Publicou também O Drama da Linguagem - Uma Leitura de Clarice Lispector e centenas de artigos para jornais de alcance nacional e internacional. Aposentado como professor titular de Filosofia pela UFPA - Universidade Federal do Pará, esse crítico literário, ensaísta e filósofo deu também aulas de literatura e filosofia em diversas universidades do Brasil, da França e dos Estados Unidos. Seu corpo foi cremado dia 28 de fevereiro de 2011, no cemitério Max Domini, em Marituba, a 20km de Belém, PA.
Fotos Divulgação
O professor, filósofo, crítico literário, ensaísta e escritor:
Benedito Nunes é reconhecido internacionalmente como um dos pensadores mais importantes da atualidade
