(arquivo pessoal)
Em muitas famílias norte-mineiras o crochê é tradição: sempre tem um membro mais habilidoso que se destaca na arte de transformar diferentes tipos de fios em uma peça de vestuário ou de decoração. É o caso da januarense Fernanda Lessa, que reside em Montes Claros desde 2008. Ela é formada em Fonoaudiologia, cursa Letras e fez do crochê, durante a pandemia, fonte de renda.
“Estando em casa com a família é até mais gostoso o exercício da arte. Tenho praticado bastante e o crochê acabou se tornando, além do prazer, um meio de renda, porque tenho recebido várias encomendas de peças”, diz.
A produção é bem diversificada e encanta. São sousplats, jogos americanos, caminhos de mesa, capas de galão de água, tapetes, artes em fio de malha e muitos outros, que saem das mãos de Fernanda e vão enfeitar a vida das pessoas.
“Tem sido muito prazeroso e um momento de novas descobertas de outras maneiras de tecer, com materiais diferentes e modelos distintos”.
A artesã conta que aprendeu a fazer crochê ainda jovem, por volta dos 15 anos. Autodidata, descobriu como tecer lendo algumas revistas, vendo os gráficos e, por curiosidade, resolveu tentar fazer. Como toda arte, é preciso muito esforço, dedicação e conhecimento da técnica, o que demanda tempo para aprender.
“Erros são comuns. Mesmo sendo um pouco mais experiente agora, ainda acontecem os erros. Mas isso é muito importante, porque nos faz dominar melhor a técnica e persistir. Eu trato o crochê como uma terapia, um hobby, que me descansa e me faz viajar”, conta.
A crocheteira diz que não tem preferências por modelos de peças, porque cada uma tem sua beleza e seu desafio.
“Eu gosto dessa diversidade de pontos e tessituras. Os pedidos mais recorrentes, que os clientes mais gostam, são os sousplats e os jogos americanos. Acho que pelo fato de a pandemia ter trazido as pessoas para dentro de casa, elas sentiram maior necessidade de construir um ambiente mais agradável, familiar, o que fez com que elas ampliassem o gosto por tipos específicos de peças”, pondera.
O resultado disso são muitos sousplats e os jogos americanos a produzir, peças que compõem muito bem mesas de jantar, cafés da manhã. É o que chamamos de “mesa posta”.
Agora que “pegou amor” pela arte de tecer, Fernanda decidiu que, no pós-pandemia, vai continuar fazendo suas artes, conciliadas com a atuação como fonoaudióloga.
“Se Deus permitir, gostaria de ampliar a minha arte em crochê transformando-a numa empresa”, conta.
Para conhecer mais sobre a arte de Fernanda é só acessar: @croche.da.fe Instagram e Facebook