Viver é dançar... dançar é viver

A dança é considerada uma forma de externalizar emoções, reflexões e ensinamentos, dizem bailarinos

Adriana Queiroz
29/04/2022 às 00:58.
Atualizado em 29/04/2022 às 11:13
Montes Claros possui bailarinos de renome nacional e internacional, que trabalham com vários estilos e levam ao público e aos alunos lições sobre força, superação, amor, alegria e paixão pela arte (studio jaqueline pereira/divulgação)

Montes Claros possui bailarinos de renome nacional e internacional, que trabalham com vários estilos e levam ao público e aos alunos lições sobre força, superação, amor, alegria e paixão pela arte (studio jaqueline pereira/divulgação)

O montes-clarense Paulo di Tarso descobriu na dança um caminho para expressar aquilo que não cabe nas palavras. A arte, para o bailarino e coreógrafo, trata do indizível e, por isso, se sente pleno quando a vivencia. Sendo assim, a dança é para di Tarso a forma de atingir a plenitude.

E é com ele e outros nomes que O NORTE bateu um papo para celebrar o Dia Internacional da Dança, nesta sexta-feira, 29 de abril. 

Paulo conta que a Di Tarso Dança é companhia que surgiu como um projeto independente em 2001, com a estreia do espetáculo infantil Pedro e o Lobo. Em 2006, se consolidou como Associação Cultural, pautando suas ações sobre dois eixos: a dignificação do artista de dança, para que ele seja percebido na sociedade como um trabalhador, e a democratização do acesso aos bens de cultura, para que a arte chegasse ao maior número de pessoas.

O bailarino e coreógrafo diz que as histórias humanas que estão por trás das máscaras sociais são as suas inspirações.

“Os sentimentos que, adormecidos ou desconhecidos, temperam nosso comportamento e ditam como reagimos aos estímulos da vida. Então, acho que o que me inspira é a vida e toda a sua riqueza”, revela.

A primeira coisa que a dança trouxe para de Paulo di Tarso foi a disciplina. O balé é, para ele, a primeira linguagem de dança que adquiriu e essa disciplina foi fundamental para trilhar um caminho de realizações. “A dança me possibilitou também expressar os questionamentos, estéticos e/ou filosóficos que moram em minha mente”, conta.
 
DANÇAR É VIDA
Para Jaqueline Pereira, a dança foi fundamental nesse período de pandemia e de confinamento. “Mesmo dançado em casa, ou através de uma tela, a dança nos ajudou a respirar, trazer o equilíbrio que estávamos precisando naquele momento. De alguma forma, nos conectamos com o mundo, pois para mim é a maior forma de expressão”, afirma.

O Studio Jaqueline Pereira foi criado em 1986, e o que a bailarina e coreógrafa mais destaca neste tempo de vida na dança é a influência que a arte deixou nos alunos.

Para ela, a arte muda o mundo, tem o poder de transformar, transcender, superar, humanizar, fazer enxergar o mundo com outros olhos. “Nos traz um olhar e um coração sensibilizados”, diz a bailarina.

“Celebrar o dia de hoje é cumprir o nosso ofício de todo dia, dançando e transmitindo este veículo de vida para os outros”, diz Jaqueline.
 
HISTÓRIA
Por meio das aulas de dança, Ymma Martins ensinou aos alunos muitas lições de liberdade, de dedicação, confiança, luta, desejo, sonho e realidade. Ela conta que a dança sempre foi e será uma forma de colocar para fora as angústias, as alegrias, derrotas e as conquistas.

Ymma foi uma referência da dança clássica em Montes Claros na década de 1970. Iniciou os estudos aos 6 anos e conta que a primeira vez que pisou em um palco foi a mais importante da vida dela. “Dancei a Valsa das Flores. Foi uma sensação inexplicável, como se tivesse em outro mundo. A mestra foi Rosana Ziler”, lembra.

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