Polícia Civil recebe acompanhamento psicossocial para impedir estresse na profissão

Jornal O Norte
26/07/2005 às 17:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:49

Lucy Soares


Repórter


lucy@onorte.net

Viaturas, coletes, armas, sempre é o que normalmente pensa qualquer pessoa quando se fala em policia. Mas não é sempre assim. A polícia civil de Minas Gerais está desenvolvendo um trabalho de acompanhamento de prevenção e assistência social para o policial civil.

Esse projeto é o PAPs - Projeto de acompanhamento psicossocial do policial e sua família que tem como objetivo acolher e acompanhar, com enfoque preventivo, as demandas psicosociais dos policiais civis e de seus familiares, fornecendo orientações para proporcionar á população, de um modo geral, maior segurança, estabilidade e tranqüilidade, criando uma maior motivação no desempenho de suas atividades.

O PAPs  foi criado no ano de 2003,  mas começou a dar orientações a partir de abril deste ano, diz a coordenadora técnica do projeto, escrivã Margareth Amaral. Ela coordena o projeto junto a um grupo de profissionais que estão na cidade desde ontem. Eles vieram de Belo Horizonte para ministrar palestras, dinâmicas, terapias, enfim, dar uma assistência especializada com psicólogos, psiquiatras, fisioterapeutas, terapeutas e assistentes sociais, pois o stresse da profissão acaba tirando o policial até de uma vida social normal, com muitos casos de dependência química, licença médica, vida anti-social, que são os motivos de depressão que leva o policial até ao suicídio.

- Sentimos que estávamos necessitando deste apoio, pois nossos colegas já não tinham mais uma vida comum. O mundo se resumia dentro de uma delegacia, então tomamos uma iniciativa e reunimos um grupo de quatro funcionários,  com o apoio do delegado de polícia, Wagner Vidal, de BH, e criamos esse projeto. Graças à colaboração das regionais e de alguns empresários, estamos conseguindo realizar com sucesso este trabalho, e sentimos que em cada lugar que vamos plantamos uma semente. No final, policiais e familiares nos procuram para agradecer. É muito gratificante - diz a escrivã.

O trabalho se desenvolverá do dia 26 a 28 de julho, na Escola estadual professor Plínio Ribeiro, e os encontros vão acontecer pela manhã e à noite, com turmas de 35 alunos. Na parte da tarde deverão acontecer atendimentos individualizados, os quais obedecerão à demanda do próprio policial ou de algum membro da família, de acordo com a necessidade e desejo.

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