Dois agentes de MOC são baleados

Servidores sofreram um atentado quando chegavam para trabalhar em penitenciária de Contagem, na RMBH

Renata Evangelista
Hoje em Dia - Belo Horizonte
31/10/2017 às 23:28.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:29
 (AMADEU BARBOSA/JORNAL HOJE EM DIA)

(AMADEU BARBOSA/JORNAL HOJE EM DIA)

O ataque ao maior complexo penitenciário de Minas Gerais deixou dois montes-clarenses feridos ontem em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os servidores, que não tiveram os nomes divulgados por questão de segurança, estavam chegando à Penitenciária Nelson Hungria quando foram baleados. Além deles, um adolescente de 13 anos foi atingido.

Os tiros partiram de criminosos que estavam em uma Saveiro vermelha. Após o atentado, os bandidos fugiram e não foram localizados e detidos até o fechamento desta edição. Os dois agentes foram socorridos e encaminhados para unidades de saúde.

Segundo o presidente da Associação Mineira dos Agentes e Servidores Prisionais (Amasp), Diemerson Souza, um dos montes-clarenses foi atingido dez vezes. O outro foi baleado duas vezes. Os dois, conforme a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), têm quadro de saúde estável e não correm risco de morte.

As vítimas passaram no último concurso para agente penitenciário e deixaram Montes Claros no ano passado para assumir o cargo na Nelson Hungria. Ambos já haviam solicitado a transferência para o Norte de Minas, mas aguardavam vagas. 
 
VIOLÊNCIA
Desde o ataque aos agentes o Estado montou uma força-tarefa para prender os bandidos. Por causa da ocorrência, a visita ao complexo foi suspensa por pelo menos sete dias. A motivação do ataque ainda não foi esclarecida, mas o presidente da AMASP não descarta que o pedido tenha partido de um detento da penitenciária.
 
MOTIVOS 
O secretário de Estado de Administração Prisional (Seap), desembargador Francisco Kupidlowski, adotou cautela, ontem, ao comentar o assunto. Disse que as autoridades trabalham com duas hipóteses para o atentado. “A motivação não é única. A inteligência está trabalhando com várias hipóteses, que vai desde uma vendeta pessoal contra um dos agentes alvejados, até um “salve”, uma ordem de atentado do PCC. Tudo isso está sendo investigado, de forma imparcial, cuidadosa, para que ninguém seja apenado precipitadamente, sem provas da motivação”, disse. 

Sobre as providências que serão tomadas em relação ao ataque, Kupidlowski destacou que tudo o que é necessário está sendo feito. “Tomamos uma série de providências de ordem de segurança em relação ao complexo prisional. Deslocamos unidades especializadas do sistema prisional para o local. Dentre essas providências também suspendemos as visitas dos parentes ao complexo até segunda-feira para termos segurança dentro do sistema prisional”, ressaltou. 

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