A Polícia Civil investiga um grupo suspeito de comprar bebês utilizando as redes sociais. Na última terça-feira, a mãe de uma criança e outras quatro pessoas (dois homens e duas mulheres) foram presos após uma suposta negociação de venda do recém-nascido, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O caso somente foi descoberto depois que a mãe, de 32 anos, desistiu da transação comercial ilegal.
A mulher, que recebeu alta do Hospital Municipal de Contagem no início da tarde de ontem, foi ouvida informalmente pelo delegado regional de Contagem, Cristiano Xavier, ainda na unidade de saúde. Para a polícia, a mãe disse que conheceu o casal pela internet e que pretendia dar a criança por ser uma gravidez indesejada.
“Ela relatou que é natural da cidade de Coração de Jesus, no Norte de Minas, e que veio para a capital na tentativa de esconder a gravidez de parentes, mas acabou conhecendo um casal em rede social que estaria com intenção de adotar. Ela relatou ainda que, durante a gravidez, o casal teria custeado sua permanência em Contagem, além de todo o amparo médico até o nascimento do bebê”, diz o delegado Cristiano Xavier.
Pouco tempo antes do parto, a jovem avisou ao casal, que veio para Minas Gerais buscar a criança. “No momento da entrega, ela disse que se arrependeu e que eles a ameaçaram, foi quando mãe do bebê pediu a presença da assistente social da unidade de saúde e PM foi acionada”, detalha o delegado.
O quarteto, que é natural do Rio de Janeiro, também foi ouvido de maneira informal pelo delegado. Para polícia, eles afirmam que “se sensibilizaram com a história da mulher” e que estavam pretendendo apenas ajudar. “Há muitas contradições no caso, que agora vamos averiguar. Há suspeita de que se trate de um grupo criminoso de comércio ilegal de bebês”, acrescenta.