Veneno de aranha-de-bananeira a serviço da disfunção erétil

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Jornal O Norte
11/04/2017 às 09:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:58


A picada da aranha armadeira pode provocar, nos homens, o priapismo. Trata-se de uma ereção involuntária e dolorosa que, se não for tratada, pode levar à necrose do pênis em alguns casos. No laboratório, porém, cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed) mostraram que o veneno desse aracnídeo pode ser manipulado em favor da saúde e levar a um novo medicamento para disfunção erétil, com algumas vantagens em relação aos já existentes no mercado.

De origem sul-americana, a aranha armadeira é bem distribuída no sudeste brasileiro, tanto em áreas rurais como em áreas urbanas. Conhecida cientificamente como Phoneutria nigriventer, ela é também chamada popularmente de aranha-de-bananeira por ser constantemente encontrada em cachos de bananas. Seu veneno é extremamente potente e pode provocar a morte de pequenos mamíferos. A picada em humanos não é incomum.

DADOS
Segundo dados preliminares do Ministério de Saúde, o país registrou no ano passado 171.576 acidentes com animais peçonhentos. A maioria dos casos está relacionada com escorpiões. Foram 90.026 registros.

Os episódios com aranhas vêm em segundo lugar e envolvem 28.799 notificações, das quais 14% se relacionavam com a aranha armadeira. A maioria dos acidentes ocorre quando a espécie se esconde entre entulhos ou busca abrigo nas residências, misturando-se às roupas e aos sapatos.

A pesquisa da UFMG e da Funed teve início há mais de dez anos, quando a molécula responsável pelo priapismo – a toxina PnTx(2-6) – foi isolada do restante das substâncias do veneno.

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