O drama de quem aguarda o transplante de medula óssea

Na longa fila está a pequena Sophia, uma criança de Montes Claros de dois anos e meio

Lucimery Lopes, estagiária sob supervisão editor
Montes Claros
08/06/2017 às 02:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:59
 (ARQUIVO PESSOAL)

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A busca de quem precisa de um doador compatível de medula óssea para transplante não é fácil, já que a possibilidade é pequena, principalmente quando é um doador não aparentado. Essa é uma realidade de mais de 850 pessoas que aguardam por um transplante no Brasil, segundo dados do Redome (Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea). Em Montes Claros não há dados sobre a quantidade de pessoas aguardando o transplante, já que todas as demandas vão para o Cadastro Nacional. Erika Dias Pereira, mãe de Sophia Gabriele, de um ano e três meses, sabe como é ficar na espera pelo doador.

“É muito triste ver minha filha passando por essa situação, porque ela é uma criança muito feliz, esperta e deseja muito viver. E para ela continuar vivendo precisa desse transplante de medula óssea”, declara a mãe de Sophia.

A médica hematologista, especialista em tratar doenças do sangue, além de órgãos hematopoéticos, onde se formam as células do sangue, Rosimere Afonso Mota explica que as chances de um doador não parental compatível não é muito grande e que na maioria das vezes o adulto é mais difícil de encontrar esse doador. Por isso, o procedimento principal da doação é fazer o exame de compatibilidade.

“Esse exame chamado HLA é feito para ver se o paciente tem algum familiar compatível. Caso não tenha, ele é encaminhado para o Banco de Medula Óssea Nacional e fica aguardando um doador”, destaca a especialista.

Esse exame foi feito pelos familiares de Sophia, porém, as chances não foram de 100%.

“Eu, meu marido e minha filha mais velha fizemos o teste de compatibilidade, porém, nossa medula deu parecida e não 100% compatível. Podemos ser doadores, mas a questão é que na doação de uma medula parecida, o risco de rejeição é maior”, explica Erika Dias.

Rosana Silva, responsável pela Equipe de Captação e Cadastro de Doadores ressalta que é importante alertar as pessoas de que a doação de sangue também ajuda as pessoas que aguardam pelo transplante.

“Os pacientes que aguardam transplante de medula óssea estão com a produção de células de sangue comprometida e necessitam de transfusões de sangue. É importante que, além do cadastro de medula óssea, as pessoas também sejam solidárias com esses pacientes, doando sangue”..

O cadastramento pode ser feito em qualquer hemocentro ou unidade coletora de sangue do país. Em Montes Claros, a meta mensal é de pelo menos 100 cadastros e essa meta é sempre superada.

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