Entidades pedem tratamento para câncer de mama metastático no SUS

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Jornal O Norte
27/04/2017 às 08:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 15:00

Entidades e organizações não-governamentais defenderam a incorporação do tratamento de câncer de mama metastático, ou seja, no estágio mais avançado da doença, ao Sistema Único de Saúde (SUS). O tema foi debatido em vários estados brasileiros.

A terapia combinada, que usa os medicamentos Trastuzumabe e Pertuzumabe, aumenta em 20 a 56 meses o tempo de vida da paciente, além de melhorar sua saúde nos últimos anos de vida. João Bosco Ramos Borges, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, afirmou que, na fase avançada do câncer de mama, a doença se espalha principalmente para ossos, pulmão, fígado e cérebro.

Para o especialista, o SUS precisa dar atenção a essas mulheres acometidas pelo câncer.

- Um país civilizado não é apenas o que faz diagnóstico precoce, mas o que cuida bem daquele paciente que tem um fim definido.

PERFIL
Segundo João Bosco, as mulheres com menos de 30 anos têm câncer de mama, em geral, mais agressivo. As idosas, por sua vez, apresentam baixa resistência a tratamentos.

De acordo com Ermantina Ramos, presidente da União e Apoio no Combate ao Câncer de Mama, as pacientes que descobriam o câncer em fase avançada no século passado, morriam com muita rapidez.

- Depois de estudos clínicos feitos desde 2002, os medicamentos trouxeram muita saúde e qualidade de vida. A doente metastática tem direito de viver com qualidade - disse.

Atualmente, pacientes de convênios de saúde têm acesso ao tratamento com os dois remédios. Na rede pública, o Trastuzumabe é oferecido desde 2013, mas com restrição apenas a mulheres com câncer de mama inicial ou localmente avançado.

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