Prole em ‘escadinha’ exige cuidados

Atenção redobrada com a saúde da mulher e doenças crônicas é fundamental em gestações sequenciais

Ana Júlia Goulart
Hoje em Dia - Belo Horizonte
20/02/2018 às 05:35.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:27
 (Acervo Pessoal)

(Acervo Pessoal)

A vida em família de celebridades como a atriz Thaís Fersoza, 33 anos, e a modelo Andressa Suita, 30, recentemente, ganhou repercussão nas redes sociais por um motivo em comum: a gestação seriada. Ambas engravidaram em um curto espaço de tempo após o primeiro filho.

No caso de Thaís, esposa do sertanejo Michel Teló, pouco tempo depois de dar à luz à Melinda, hoje com 1 ano e 6 meses, anunciou a gravidez de Teodoro, hoje com 7 meses de vida. Já Suita, mulher do também sertanejo Gusttavo Lima, comemorou a segunda gestação no último dia 20 de janeiro, pouco antes do filho Gabriel celebrar o sétimo mês de vida.

Engravidar duas vezes em menos de um ano entre o parto e a nova fecundação requer precaução. O momento de gerar um bebê exige muito do corpo da mulher e passar por essa fase, mesmo após o nascimento da criança, é demorado. 

“Os hormônios, o útero e todos os sistemas do corpo precisam de um prazo para voltar ao normal e, quando a mãe não dá o tempo suficiente para essa reposição, alguns problemas podem surgir”, explica a ginecologista da Unimed-BH, Cristiana Fonseca Beaumord.

As principais ocorrências são anemia, diabetes e falta de vitaminas. Doenças crônicas também precisam ser avaliadas com cautela. O alerta maior fica para casos de mulheres que tiveram, na primeira gravidez, trombose, partos de risco ou filhos prematuros e com baixo peso.
 
PRECAUÇÃO
Para evitar esses problemas, consultas preventivas antes mesmo da gravidez são recomendadas. De acordo com a médica, com todos os exames garantidos e a saúde certificada, não há com o que temer com o novo parto.

São cuidados já conhecidos e tomados pela engenheira Eliana Leles, de 33 anos, que teve quatro filho em sequência. Samuel, 4, Mateus, 3, Estela, 1 ano e 9 meses e o mais novo membro da família, Thiago, com um mês, nasceram bem pertinho um do outro. 

Mesmo com tantos partos subsequentes, ela não notou prejuízos. “Estou sempre de olho e nunca notei nada. A não ser que uns quilinhos a mais representem isso”, brinca. Ela acredita que as vias do parto ajudaram. “Como tive somente partos normais e três deles naturais, a recuperação é muito rápida”, explica.


Tipo de parto prévio influencia 
Mulheres que tiveram os filhos naturalmente tendem a se recuperar física e emocionalmente mais rápido do que aquelas que passaram por cesariana. Isso diminui um pouco o tempo de espera entre uma gravidez e outra, mas o seguro, em ambos os casos, é aguardar pelo menos um ano até a nova gestação.

“Este é o prazo orientado por médicos e instituições de referência da área para que o corpo esteja pronto para mais um filho”, aponta a ginecologista Cristiana Beaumord. E mesmo dentro desse prazo, as mulheres precisam fazer o acompanhamento médico para monitorar possíveis baixas. “Uma coisa não elimina a outra, pelo contrário. Após cumprir o prazo de um ano, busque um médico e planeje a próxima gravidez”, completa.

Não há, de acordo com a Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), recomendação base para os médicos. “Vários fatores devem ser avaliados. Algumas pesquisas apontam o prazo de um ano, porém, o mais seguro é uma avaliação clínica específica”, diz a ginecologista representante da instituição, Ana Christina de Lacerda Lobato.

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