Transplante e doação facilitados

Deputada comemora desburocratização do processo; objetivo é aumentar o número de doadores de órgãos

Márcia Vieira
Montes Claros
19/10/2017 às 23:20.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:18
 (Divulgação/Tânia Mello)

(Divulgação/Tânia Mello)

O presidente Michel Temer assinou decreto que promove mudanças nas regras para doação e transplante de órgãos no país. Entre elas o fim da “doação presumida”. Presente ao ato de assinatura do documento, a deputada federal Raquel Muniz comemorou a medida.

“O decreto vem regulamentar e desburocratizar a doação de órgãos e tecidos com alterações importantes que podem facilitar o processo e trazer segurança às famílias. O momento para eles é muito delicado e de extrema necessidade para quem está na outra ponta, aguardando por mais uma chance”.

“A retirada de órgãos, tecidos, células e partes do corpo humano, após a morte, somente poderá ser realizada com o consentimento livre e esclarecido da família do falecido, consignado de forma expressa em termo específico de autorização”, diz um dos artigos do decreto assinado por Temer quarta-feira.

Outro ponto significativo diz respeito ao fim da exigência de um neurologista para fazer o diagnóstico de morte cerebral. 

“Essa medida vai favorecer o fechamento de morte encefálica em unidades que não tenham especialista”, diz Carla Moreira, do setor administrativo da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Norte e Nordeste(CNCDO), com sede em Montes Claros.

Quanto à presença de um familiar para autorizar a doação, a administradora revela que sempre foi um procedimento comum na região, mas que estender isso para além dos parentes de até 2° grau é importante.

“Sempre que entra numa fila, a pessoa que busca um órgão sabe que o transplante é o último recurso para continuar vivendo. É isso ou a morte, daí a importância de conscientizar as pessoas”, complementa.

Dados do CNCDO, que atende a 90 municípios, de janeiro a junho de 2017 foram realizados nove transplantes de córnea, 25 de rim e seis de fígado. Todos os procedimentos foram feitos na Santa Casa, único hospital da região autorizado a fazer transplantes, mas a captação está autorizada em 20 unidades hospitalares. 
 
APOIO À CAUSA 
Na sessão solene para comemorar o Dia Mundial de Doador de Medula Óssea, Raquel Muniz levou à câmara Thiago Martins, pai do menino Pablo Martins, diagnosticada com aplasia da medula óssea, e reiterou seu apoio à causa.

Emocionado, ele frisou que a falta de informação torna a busca por um doador mais difícil, mas não impossível. “O único risco que o doador terá é o de salvar uma vida. Precisamos ser solidários com o próximo e nos sensibilizar com a necessidade de quem quer continuar vivendo. Agradecemos à deputada que nos deu essa oportunidade”, disse Thiago.

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