(Márcia Vieira)
Depois das pré-conferências municipais que elegeram delegados para representar os interesses da população nas questões sociais, a prefeitura realizou a IX Conferência Regional de Assistência Social, sem apresentar novidades. Os principais assuntos do setor vêm se arrastando desde o início do ano, sem, contudo, apresentar soluções.
Sobre a possível reabertura do Restaurante Popular, Aurindo Ribeiro, titular da pasta de Desenvolvimento Social, declarou que terá uma reunião com o prefeito para tratar o assunto, porém, descartou a possibilidade de reabertura do espaço com suporte do poder público. “Vamos apresentar a proposta de terceirizar o serviço, porque de outro jeito é inviável”, disse.
Para L.L.C., servidora que pediu para ter sua identidade preservada, tudo não passa de discussão. “As pautas são apresentadas e nós conhecemos as feridas de quem precisa dos serviços. A verdade é que não demos sequer um passo adiante. Os que estão nas ruas, principalmente, continuam em sofrimento”.
A falta de assistência chamou a atenção de cidadãos que, sensibilizados, decidiram agir por conta própria. Um deles foi o segurança Luciano Santos que integra a equipe “Luz da Madrugada” e semanalmente vai aos locais com maior concentração de moradores de rua para levar lanche e conforto. O projeto sem fins lucrativos modifica a vida de pessoas por meio de auxilio como higiene pessoal, saúde, alimentação e mais ainda, esperança.
A Pastoral de Rua da Arquidiocese de Montes Claros aponta como 400 o número de pessoas que vive nas ruas. O secretário disse ao O NORTE desconhece esse número, que considera “alto”. E pontuou que “a sociedade civil tem mesmo que promover ações e cumprir a sua parcela de cidadania”.