(Márcia Vieira)
A nova resolução divulgada pelo Conselho Monetário Nacional traz alívio para os produtores da Região da Sudene, que agora poderão renegociar dívidas contraídas até o ano de 2016. Pela resolução anterior, 13.340, apenas o produtor que tivesse dívidas contraídas até o ano de 2011, poderia fazer a renegociação. A partir de agora, o devedor terá três anos de carência e só começa a pagar o débito a partir de 2021, no valor real do contrato e sem multas.
“É um senhor prazo”, comemora o Assessor Técnico da Sociedade Rural, Luiz Guilherme Câmara. A medida, mais abrangente, já é resultado da visita do Ministro Hélder Barbalho e de sua comitiva a Montes Claros, articulada pela deputada Raquel Muniz, integrante da Frente Parlamentar de Agricultura e que tinha entre outros, o deputado Júlio César (PSD-Piauí), líder da Bancada do Nordeste.
Na ocasião, os representantes das entidades ruralistas entregaram documento ao Ministro pleiteando a mudança.
Luiz Guilherme afirma que Sociedade e Sindicato Rurais estão atuando como interlocutores na orientação aos produtores, mas que sem as forças políticas, seria impossível conseguir essa alteração. “A deputada Raquel trabalhou nas medidas anteriores e nessa resolução. A atuação parlamentar foi importante e deu uma injeção de ânimo nos produtores”, disse.
Segundo Ananias Pereira, do setor de renegociação do Banco do Nordeste, dentro da lei anterior, mais de 40 mil produtores das regiões de Minas Gerais e Espírito Santo já haviam procurado o banco para renegociação ou liquidação da dívida. “A nova resolução acaba de chegar à nossa rede e a instituição já está levantando dados para aplicar as normativas”, acrescenta. O prazo para o produtor aderir à resolução vai até o dia 29 de dezembro.
Raquel Muniz entende que é uma vitória para o setor agropecuário, que hoje sustenta a economia brasileira. “É mais um passo para garantir ao homem do campo que continue produzindo. Temos consciência de que outras batalhas são necessárias e vamos continuar lutando”, disse Raquel.