Os reservatórios mineiros têm recebido um grande volume de água com a chuva intensa que cai no Estado. Mas apesar do início da recuperação do nível dos lagos das hidrelétricas, especialistas não creem na queda imediata da tarifa vermelha, que leva a um aumento R$ 3,50 para cada 100 quilowatt/hora na conta de luz em Minas, já que o nível dos reservatórios ainda é muito baixo.
De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), o nível de armazenamento nas usinas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste é de cerca 19,5%. A perspectiva do órgão é chegar em abril (o fim do período úmido), com 40% do nível de armazenamento. “Mas esse montante vai depender muito das afluências até o mês”, afirma, em nota.
Mas apesar do volume de água nos reservatórios ainda ser baixo, a Cemig vê com alívio a vazão que chega com a chuva. A maior diferença é notada em pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que costumam ficar mais próximas das cabeceiras dos rios e têm reservatórios menores. Em Carmo do Cajuru, Oeste de Minas, o nível de água da usina passou de 23% no final de novembro para 56%.
Dentre os grandes reservatórios, Três Marias (395 megawatts) teve o seu pior nível alcançado em 19 de novembro, quando a água chegou a 6% da capacidade total do reservatório. Ontem o nível da água batia em 9,2%. A expectativa da Cemig é que, com as chuvas previstas para os próximas semanas, o percentual chegue a 18% no final de dezembro – nível baixo, se comparado aos 24,86% do mesmo período de 2016.