Presidente da Amans alerta para o mercado negro de armas

Jornal O Norte
14/10/2005 às 10:45.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:53

Desarmar a população é colocá-la a mercê dos bandidos, de acordo com o presidente da Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene Valmir Morais de Sá, prefeito de Patís.

- Sou contra o desarmamento pela forma com que está projetado. O governo pede para população votar a favor do desarmamento, mas, quem precisa ser desarmado? O bandido ou o cidadão de bem?

Ele lembra que a aprovação do desarmamento pode acarretar uma série de transtornos, principalmente para os prefeitos de municípios menores, onde o contingente militar é pequeno.

- É melhor deixar os marginais com a dúvida de que você tem uma arma, ou a certeza de que não tem. Mesmo que ocorra o desarmamento, os marginais do país continuarão armados, ameaçando os civis, e privando a população do seu legítimo direito de autodefesa. Principalmente diante da impunidade de criminosos, da ineficácia das leis, e da violência urbana que fazem parte do dia-a-dia, é natural que a confiança dos cidadãos no governo desapareça - assinala o presidente da Amams

MERCADO NEGRO

Valmir Morais ressalta que o governo federal enfrenta dificuldades para acabar com o crime organizado e por isso acredita que o plebiscito  solucionará o problema.

- A proibição absoluta da venda de armas e munições apenas para o cidadão de bem é que tem deixado toda população norte-mineira em dúvida. Eu seria favorável ao desarmamento se todo mundo, inclusive os bandidos, se desarmassem. É utopia acreditar que esse referendo solucionará o problema da criminalidade no país.

Ele lembra que o mercado de armas e munições não vai ter fim com a proibição.

- Essa medida tende a contribuir para o crescimento do mercado clandestino, podendo colocar o cidadão de bem em situação irregular.

ABSURDO

O presidente da Amams acha um absurdo que o governo federal gaste R$ 270 milhões com o referendo e destine, anualmente, apenas R$ 170 milhões para o setor de segurança pública.

- O dinheiro gasto com esse referendo daria para comprar mais de 10 mil viaturas, que seriam distribuídas para os municípios, além de equipar as delegacias com computadores, promover a unificação de banco de dados, adquirir coletes à prova de balas entre outros benefícios.

Sobre a campanha que está sendo veiculada na televisão, Valmir Morais disse acreditar que ela gera mais em dúvida à população.

- A impressão é de que, caso o referendo SIM seja aprovado essa medida vai resolver tudo ou nada - conclui. (Com informações Ascom-Amams)

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