Ticyana Fonseca
Repórter
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A prefeitura de Montes Claros está quebrada - ou pelo menos é o que parece, diante das medidas que a administração de Athos Avelino – PPS vem tomando de contenção de despesas.
Um plano, denominado exatamente como de Contenção de Despesas está sendo desenvolvido pela secretaria municipal de Saúde, em atendimento ao decreto n°2.288, de 03/10/2006, do prefeito de Montes Claros, estipulando que até o dia 30/11/2006 haja a redução de 20% em medicamentos e 20% em material médico e odontológico, além de reduções em água, energia elétrica, telefone, xérox, insumos de informática, combustível e materiais de consumo, conforme documento que a reportagem de O Norte conseguiu cópia.
As medidas do plano já se tornaram alvo de críticas por parte da população. Os contribuintes não entendem como a secretaria de Saúde fará contenção de despesas justamente em medicamentos que são distribuídos aos carentes.
CORTES
De acordo com o documento obtido pela reportagem, a contenção de despesas na área de saúde inclui medidas tais como: a cera para a limpeza do piso da sede da secretaria, por exemplo, só será utilizada uma vez ao mês, assim como também serão reduzidas cota para o cafezinho e para o açúcar. A ordem é substituir as garrafas térmicas de um litro por garrafas de ½ litro.
A secretaria também deverá retirar de circulação 21 veículos, 50% das lâmpadas dos ambientes do prédio público como salas, corredores e pátios.
PREFEITURA
O Norte procurou o secretario municipal de Saúde, João Batista Silvério para obter mais informações sobre o plano de contenção de gastos. Segundo o secretario, não existe redução de verba para a área de medicamentos, ficando as medidas restritas à redução de energia elétrica e de abastecimento de água.
Segundo o secretario municipal de Saúde, João Batista Silvério a informação de cortes em medicamentos não procederia (foto: Wilson Medeiros)
- Não há cortes em medicamentos – reiterou.
Mesmo ao ser informado do documento relativo às despesas que serão reduzidas, de posse da reportagem, onde consta redução no volume de medicamentos, o secretário negou a medida, mas não escondeu a sua curiosidade em saber como a reportagem conseguiu uma cópia dos apontamentos – cujo documento teria circulado internamente, exclusivamente em seções ligadas ao desenvolvimento das medidas.