Lideranças de 26 municípios do Norte de Minas realizarão protesto na cidade de Mirabela, em data a ser definida, para pressionar o estado a retirar a Balança Fiscal instalada na BR-135 e que tem causado vários problemas. A proposta é interditar a referida balança, como forma de pressionar o governo a tomar uma decisão.
A mobilização será organizada pela Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene com apoio de várias entidades da região. O presidente da entidade, Valmir Morais explica que a balança foi instalada para garantir que os veículos de carga trafeguem pela rodovia com a pesagem determinada por lei, mas que, na verdade, ela está servindo de instrumento para aterrorizar quem passa pelo local.
- Vou levar o assunto também ao governador Aécio Neves.
Na tarde de segunda-feira ele se reuniu com comitiva de lideranças de Mirabela para discutir o assunto, já levado por ele ao conhecimento dos secretários estaduais Danilo de Castro (Governo), Agostinho Patrus (Transportes), Elbe Brandão (Desenvolvimento do Norte de Minas), Fuad Namon (Fazenda) e ainda da diretoria do DER-MG - Departamento de estradas de rodagem. Todos eles, entretanto, alegaram impedimentos para desativação da balança.
- Somos parceiros do estado, reconhecemos que ele tem atendido aos pleitos da região. Porém, os impactos gerados pela balança são altamente negativos – acrescenta Valmir Moraes.
Valmir Moraes acredita que o governador atenderá ao apelo da Amams
(Foto: Arthur Júnior)
GANÂNCIA PAULISTA
As lideranças tinham articulado várias ações para pressionar o governo, como realização de audiência pública das comissões de Transportes e Agricultura da assembléia estadual, fechamento da rodovia e audiência com o governador.
Um grupo de prefeitos ensaiou até mesmo impetrar ação judicial visando fechar a balança. Eles alegam que a unidade fiscalizadora é explorada por uma empresa paulista, que no ímpeto de arrecadar mais recursos tem atuado com rigor exagerado, paralelo ao excesso das ações policiais que têm amedrontado a população.
Valmir Morais entende que se o governo pretendia preservar a rodovia, pode até estar obtendo resultados. Mas, por outro lado, a medida acabou com o fluxo de veículos naquele trecho, provocando graves problemas sociais, como desemprego e fim da atividade produtiva, uma vez que todos temem trafegar pelo local e serem multados.
- Depositamos esperanças no governador Aécio Neves. Ele tem sensibilidade bastante para resolver essa situação. Vamos pedir para transfira a balança para Montes Claros, pois qualquer escoamento da produção regional passará pela cidade - conclui o dirigente. (Eduardo Brasil com informações Ascom-Amams)