Norte de Minas terá usina solar flutuante

Projeto visa ampliar geração de emprego e renda

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Hoje em Dia - Belo Horizonte
09/03/2018 às 18:12.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:47
 (Manoel Marques/Imprensa MG)

(Manoel Marques/Imprensa MG)

Minas Gerais terá uma usina solar flutuante. A estrutura será conectada à hidrelétrica Santa Marta, em Grão Mogol, no Norte de Minas. Painéis fotovoltaicos serão instalados no espelho d’água, possibilitando a união das duas formas de geração de energia dentro do mesmo sistema.

O anúncio foi feito ontem durante evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, que contou com a participação do governador Fernando Pimentel. Serão beneficiadas 1.250 famílias com a redução de tarifa e outras 9 mil de forma indireta, em 21 municípios da região.

O projeto faz parte de um convênio entre a Cemig e a Associação Estadual de Desenvolvimento Ambiental e Social (Aedas). Serão investidos R$ 24,4 milhões. Segundo o governo do Estado, a proposta será um marco para a Cemig, pois poderá apontar um novo modelo de geração de energia e negócios. 
 
CONTA MAIS BARATA
O projeto terá duração de 48 meses, sendo que, já no próximo ano, as famílias poderão perceber a redução na conta de luz. A condução dos trabalhos e a seleção dos beneficiados serão discutidos de forma conjunta com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), formado majoritariamente por mulheres e famílias chefiadas por elas.

Durante a cerimônia, que ocorreu em Belo Horizonte, a primeira-dama e presidente do Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas), Carolina Pimentel, falou sobre o trabalho das mulheres diante de adversidades. 

“Fui muitas vezes ao extremo Noroeste do Estado. Lá, encontrei uma realidade de muitas mulheres do campo, que enfrentam caminhadas de três ou quatro quilômetros para buscar água no rio. É uma realidade que poucas pessoas conhecem, e é uma realidade muito dura. Temos feito o enfrentamento dessa realidade por meio do governo do Estado, da Copasa, da Cemig e do Servas”.
 
DESENVOLVIMENTO
Representante do MAB, Aline Aparecida Gomes disse que a participação no projeto significa uma real possibilidade de desenvolvimento. Ela destacou que o movimento foi selecionado dentre outras iniciativas existentes.

“Nós, mulheres atingidas, nunca arredamos o pé de fazer a nossa luta. Essa é uma conquista de estarmos em um projeto relacionado a energia de qualidade e alternativa em um lugar como o Vale do Jequitinhonha. Queremos transformar essa iniciativa em oportunidade”, afirmou Aline Gomes.

SAIBA MAIS

No mesmo evento, Fernando Pimentel lançou uma linha de financiamento exclusivo, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), para empresárias mineiras. Serão oferecidos até R$ 700 mil para micro e pequenas empresas, que tenham o mínimo de seis meses de existência e, principalmente, sejam controladas por empresárias também pelo mínimo de 180 dias.   

As taxas serão a partir de 1,39% ao mês. Para empreendimentos que estejam em cidades com baixo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), o BDMG oferece financiamento com taxas a partir de 1,32% a cada 30 dias.
  
Segundo levantamento de 2017 do Sebrae, o empreendedorismo feminino mineiro vem dando sinais de crescimento. Já são mais de 344,5 mil empreendedoras, mas dados de 2015, também do Sebrae e Dieese, indicam que ainda há espaço para mais participação. As mulheres representam 51,6% da população, mas apenas 26% dos empregadores no estado.
  
“Essa linha é inédita no Brasil. A partir de agora, toda e qualquer microempresa que tiver rendimento anual de até R$ 3 milhões e cuja proprietária seja mulher, ou conjunto de mulheres, pode acessar esse crédito mais 
barato do que qualquer outro do BDMG”, afirmou o governador.

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