Samuel Nunes
Repórter
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A reunião da câmara municipal da última terça-feira, 07, foi marcada por discursos de vereadores se posicionando contra o reajuste de 45,5% no valor das passagens de lotação apresentado pela Transmontes. Se esse reajuste acontecer, a passagem atual, que é de R$ 1,10 passaria para R$ 1,60. Em entrevista a O Norte, o vereador Lipa Xavier - PCdoB citou o aumento do salário mínimo, de 17%, como ponto de referência. Segundo ele, o percentual de aumento do salário mínimo é justamente a metade do que as empresas estão querendo. Da tribuna da câmara, o vereador comunista pediu equilíbrio por parte das empresas e sensibilidade à Transmontes no que diz respeito a esse assunto.
INTERESSE COLETIVO
Ele diz esperar que tanto a Transmontes quanto as empresas do transporte coletivo da cidade olhem para os interesses do povo de Montes Claros. Lipa Xavier lembra ainda que entrou com de uma ação de inconstitucionalidade, através do diretório do seu partido, pedindo para o mês de setembro uma licitação aberta a todas as empresas do país para a operação do transporte coletivo na cidade.
Ainda de acordo com Lipa Xavier, esse aumento proposto pela Transmontes é um absurdo e que está totalmente fora de cogitação. Outro ponto abordado pelo vereador é que esse reajuste é maior até mesmo do que a inflação que, segundo ele, é de 6%.
Outro vereador que se mostrou indignado com o possível aumento é Aurindo Ribeiro – PV. Em um discurso enfático, ele diz que considera esse aumento um absurdo e que não vai aceitar um aumento no preço das passagens de R$ 1,10 para um R$ 1,60.
ADEMAR BICALHO X ALDAIR FAGUNDES
Ainda durante as discussões em plenário sobre o aumento proposto pelas empresas de transporte coletivo urbano, o vereador Ademar Bicalho aproveitou o momento e alfinetou o ex-vereador do PT Aldair Fagundes. Ademar relembrou a atuação do petista Aldair Fagundes que, quando vereador, brigava exaustivamente com as empresas de transporte coletivo urbano:
- Agora, como ele tem poder de voto, queremos saber qual será o seu voto, se para as empresas ou para o povo.