Montes-clarense é preso após ataque a Bolsonaro

Rosiane Cunha / Christine Antonini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
07/09/2018 às 07:09.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:20
 (REPRODUÇÃO)

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É natural de Montes Claros o homem preso ontem pela Polícia Militar em Juiz de Fora após atacar com uma faca o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi detido em flagrante logo após o episódio. 

Bolsonaro participava de uma caminhada com eleitores e apoiadores de campanha no centro do município da Zona da Mata mineira, quando o homem sai da multidão e desfere um golpe de faca no abdômen do candidato. 

Segundo o boletim de ocorrência da PM, Adelio admitiu o ataque e explicou como aconteceu. “Este nos informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal afim (sic) de acompanhar a comitiva, e no melhor momento pudesse tentar contra a vida do candidato, assim tendo feito no momento em que a comitiva passava pela rua Batista, por achar ser o mais oportuno. Nos afirmou ainda que o intento se deu por motivos pessoais, os quais não iríamos entender, dizendo também em certos momentos que foi a mando de Deus”, disse.

Em perfil no Facebook, Adelio indica que é solteiro e morador de Montes Claros. Mas segundo informações de vizinhos, ele não dá notícias à família há mais de um ano.

Nas postagens, não deixa clara a posição política, mas faz críticas a Bolsonaro e compartilha sites de esquerda. Também faz citações sobre maçonaria e comunismo. 

Adelio era visto como um homem de personalidade forte e religioso. Morou por alguns anos no bairro Maracanã, mas há muito tempo não reside na cidade.

“Ele era na dele, não falava muito sobre a vida. Disse que já foi morador de rua e que precisava trabalhar. Ficou comigo por uns quatro meses e depois pediu para sair”, disse o dono de uma lanchonete onde Adelio trabalhou, em 2012.

Adelio tem duas passagens na PM por lesão corporal grave. As ocorrências são de 2013: em uma ocasião ele arrombou a casa da sogra para tentar agredir a ex-esposa e em outra teria apontado uma faca para a irmã.

Adelio se filiou ao PDT em 1992, mas há 15 anos não faz parte do partido. “Ele tem problema de cabeça, perturbado mesmo. Não tem nenhuma ligação com o partido”, disse a presidente do diretório mineiro do PDT, Maria da Consolação. O PT afirmou que Adelio nunca teve ligação com o partido.

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