Márcio Reinaldo pede para ser investigado: deputado exige que suas emendas sejam apuradas para provar isenção no escândalo das sanguessugas

Jornal O Norte
31/07/2006 às 10:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:40

Eduardo Brasil


Repórter


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O deputado federal Marcio Reinaldo - PP estaria tranqüilo em relação à lisura de suas emendas apresentadas ao orçamento da União, em 2001. A denúncia da CGU – Controladoria Geral da União, incluindo seu nome na nova lista dos envolvidos com a chamada máfia das ambulâncias, alvos da chamada CPI das Sanguessugas causou no parlamentar reação adversa de outros suspeitos de fraudarem a venda de ambulâncias para prefeituras municipais através de um esquema com a empresa Planan.

- Assim que o deputado foi informado da denúncia da Controladoria Geral da União, quando se encontrava em Janaúba, imediatamente retornou a Brasília e, junto à CGU, exigiu que o seu nome fosse investigado imediatamente - informou a assessoria do parlamentar, em contato com O Norte, por telefone, nesta sexta-feira, de Belo Horizonte, acrescentando que naquele momento, em Brasília, Márcio Reinaldo estaria novamente reunido com o ministro Jorge Hage, na CGU, pedindo agilidade na apuração da denúncia.

EMENDAS CORRETAS

A assessoria do deputado acrescentou que a denúncia da CGU surpreendeu, pela total falta de embasamento.

- É uma denúncia sem fundamento e até mesmo a CPI achou por bem não notificar o deputado e nem os outros três parlamentares da mesma forma apontados pela CGU (Aroldo Cedraz - PFL, Arolde de Oliveira - PFL e João Almeida - PSDB). Não existe prova de que Márcio Reinaldo participou das fraudes, e ele não participou, pois suas emendas apresentaram valores compatíveis com os preços das ambulâncias e isso pode e precisa ser imediatamente confirmado e tornado público pela CGU.

Ainda de acordo com a assessoria do parlamentar pepista, as emendas de Márcio Reinaldo foram dirigidas aos municípios de Buenonópolis, Pompeu, Paraopeba, Monte Azul e Catuni, as maiores somando 58 mil reais.

- Aplicados não somente na aquisição de ambulâncias, mas de ônibus adaptados com consultórios médico-odontológicos, cujos recursos foram liberados em 2001.

A inclusão do nome de Márcio Reinaldo no episódio das sanguessugas, ainda de acordo com a sua assessoria, além de estar sendo ruim para a imagem do deputado, com parte da imprensa se precipitando em culpá-lo de um delito do qual não participou, sem esperar que as provas de sua isenção no episódio sejam conhecidas, prejudica a sua campanha eleitoral.

- Por isso ele deseja rapidez nas apurações, para que possa prosseguir normalmente com a sua campanha sem essa acusação leviana pesando em suas costas.

DANOS MORAIS

O deputado pepista e os outros três parlamentares denunciados pela CGU estariam, ainda, propensos a tomarem medidas judiciais cabíveis em relação aos responsáveis pela inclusão e veiculação de seus nomes como integrantes de uma quadrilha que lesava os cofres públicos.

- Eles estão sendo agredidos moralmente, muitas vezes sem terem o direito de resposta. Estão sofrendo graves danos morais que certamente os obrigarão a uma reação dessa natureza.

A assessoria do deputado conclui salientando que a isenção de Mário Reinaldo na venda fraudulenta de ambulâncias será provada e que até mesmo o sub-relator da CPI das Sanguessugas, deputado Carlos Sampaio - PSDB estaria orientando o presidente da comissão, Antônio Carlos Biscaia - PT a rever sua posição de convocar o parlamentar mineiro para depor. 

Márcio Reinaldo está no exercício de seu terceiro mandato no congresso nacional. Bem votado no Norte de Minas, está sempre presente na região e, neste fim de semana, visita as cidades de Rio Pardo de Minas e Buenópolis.

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