Eduardo Brasil
Repórter
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A secretária municipal de Governo, Márcia Saraiva retruca o vereador Athos Mameluque negando que as exonerações apontadas por ele tenham ocorrido como instrumento de retaliação política do prefeito Athos Avelino.
- Ele está enganado. É uma inverdade. O prefeito tem pautado pela não perseguição - disse, por telefone, no final da tarde de ontem, acrescentando que uma das demonstrações do desprendimento político da atual administração seria a permanência de servidores remanescentes de governos anteriores, como os de Tadeu Leite - PMDB e Jairo Ataíde - PFL em cargos de confiança.
- Não há discriminação. O próprio vereador deveria compreender desta forma, uma vez que sua irmã, Soraia Mameluque, excelente funcionária lotada na secretaria da Saúde, diga-se de passagem, continua exercendo plenamente suas funções. Não foi demitida.
MOTIVOS
Ainda de acordo com Márcia Saraiva, as exonerações, por terem atingido pessoas ligadas a Athos Mameluque, não podem ser tomadas pelo vereador como perseguição política a representantes de partidos que não marcharam com a coligação Montes Claros em primeiro lugar nas eleições do ano passado.
- As exonerações estão dentro das diretrizes apontadas pelo executivo para ajuste do quadro de funcionários neste fim de ano - acrescenta.
Segundo a secretária de Governo, a administração estaria promovendo uma avaliação técnica de todo o serviço prestado pela máquina administrativa e, naturalmente, aqueles servidores que por ventura não demonstrem desempenho adequado de suas obrigações serão demitidos.
- Essa norma serve para todos, inclusive para mim, para os companheiros do PPS e do PT. Todos estamos sendo avaliados em nossas funções para que a administração possa exercer um trabalho ainda mais dinâmico junto à população em 2006.
Márcia Saraiva conclui dizendo que todo o levantamento do desempenho do quadro de funcionários da prefeitura será debatido durante seminário que ocorrerá nos dias 17 e 18 de dezembro.
DECISÕES TÉCNICAS
O secretário da Administração, Antônio Dimas também negou qualquer perseguição política na decisão do prefeito.
- São medidas de caráter técnico.
Disse ter sido realmente comunicado das exonerações, mas que ainda não havia recebido os atos a respeito.
Dimas admite que a prefeitura, de fato, sustenta um quadro de funcionários inchado, abarrotado, mas descarta contratações administrativas, exceto em casos excepcionais. Em relação à admissão dos novos 14 chefes de seção e gerentes, diz que é uma necessidade.
- Estamos atendendo à lei através de nomeações, de recrutamento amplo e preenchendo cargos no setor de saúde. Portanto, além da legalidade da medida, estamos atendendo às necessidades do setor, já que saúde e educação são áreas prioritárias do governo municipal - ressaltou.