Eduardo Brasil
Repórter
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Os vereadores de Montes Claros entram em recesso parlamentar a partir do próximo dia dez, retornando ao plenário da câmara municipal em primeiro de agosto.
- Estes foram seis meses produtivos, de muito trabalho - observa Guila Ramos - PL para quem o período (que se encerra com a reunião desta quinta-feira) registrou um desempenho dos vereadores à altura dos anseios da população.
Guila Ramos: - O legislativo avançou na suas funções, mas poderia ter feito muito mais pelo povo (foto: arquivo/ Wilson Medeiros)
Ele frisa que neste ano o legislativo avançou ainda mais nas suas funções de procurar soluções para os problemas municipais, ainda que o antagonismo entre as suas forças políticas tenha prejudicado, em alguns momentos, o alcance de outros objetivos sociais.
Guila Ramos concorda que a câmara poderia ter feito mais, não fossem as diferenças políticas que se acentuaram entre seus membros a partir do ano passado.
- Isso atrapalhou o desenvolvimento de muitas ações, inviabilizadas pela disputa política. Mas a divisão de forças sempre foi encarada como uma exigência da democracia e ela tem sido saudável ao legislativo, em alguns momentos.
OPOSIÇÃO
Apesar de identificado pela imprensa como um dos quatro vereadores que fazem oposição ao executivo, Guila Ramos, que nunca foi convidado para as reuniões que o prefeito mantém semanalmente com parte dos vereadores, diz não se sentir um adversário do governo municipal.
- Não sou oposição e tampouco sou a favor da administração. Voto com a minha consciência. Sou um vereador do povo. Tomo minhas decisões pensando nele. Não a tomo atendendo a quem quer que seja - ressalta o parlamentar, observando que este comportamento não significa que esteja em cima do muro.
- Sempre votei abertamente e todos conhecem as minhas opções. Voto sem constrangimento até mesmo somando com a bancada da situação, desde que o projeto seja honesto em relação ao povo e que leve a ele os benefícios que diariamente nos cobra nos gabinetes da câmara – reitera o vereador.
ATHOS AVELINO
Sobre a influência que o executivo teria alcançado junto à bancada que o apóia no legislativo, conseguindo, com a força numérica do parlamento, interferir no resultado das votações dos projetos, forçando a casa a aprovar matérias ligadas aos seus interesses políticos e, assim, derrubando as oriundas da oposição, independentemente de seu valor para a população, Guila Ramos concorda que este tipo de pressão foi, de fato, por muitas vezes, mantida em plenário.
- Isso realmente ocorreu. Ou ocorre. Mas, percebo que este procedimento vem diminuindo - tenta amenizar o parlamentar, embora tenha, ele mesmo, sofrido suas conseqüências quando lei de sua autoria, e promulgada pela câmara, que moralizava a aplicação de multas de trânsito pela Transmontes foi anulada pelo executivo através de liminar obtida na justiça.
Sobre a administração do prefeito Athos Avelino, Guila Ramos diz esperar resultados melhores. Ele lembra que, ao se eleger, o chefe do executivo criou uma expectativa muito grande entre os eleitores de que o seu governo seria a redenção de Montes Claros. - Acredito nas boas intenções dos nossos governantes. Mas as disputas politiqueiras devem ser abandonadas para que não percamos mais tempo com inocuidades que causam atrasos, impedem o progresso e aumentam os problemas do nosso povo - conclui o vereador.