Fábio Novais já ameaça até candidatura petista: Fábio Novais vira Fábio Magalhães e desponta no cenário da política em Minas Gerais

Jornal O Norte
21/07/2006 às 00:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:40

Eduardo Brasil


Repórter


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Vítima de deboches nos bastidores políticos ao anunciar, em reportagem de O Norte (Meu nome é Fábio Novais, futuro governador de Minas), do dia 21 de abril de 2006, que defenderia naquele momento dois por cento na pesquisa de intenção de votos como candidato do Prona, ao palácio da Liberdade, Fábio Novais, ex-PCO, partido pelo qual disputou a prefeitura de Montes Claros nos pleitos de 2004, quando foi fragorosamente derrotado nas urnas estava certo - e calou a boca dos que riram da sua informação como se fosse uma grande piada. Não era.




Em abril de 2006 Fábio Novais já anunciava através de O Norte destaque na corrida sucessória pelo palácio da Liberdade (foto: Luís Alberto Caldeira)

Pesquisa do Datafolha, realizada nesta semana aponta Fábio Novais (que aparece no estudo como Fábio Magalhães, sobrenome que optou por usar nesta nova fase de sua carreira política) em terceiro lugar na corrida sucessória. Portanto, e para espanto dos petistas, tecnicamente empatado com o candidato Nilmário Miranda, que no mesmo exame do Datafolha aparece com apenas 6% dos votos, considerando a margem de erro da pesquisa - de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Ainda de acordo com os números da pesquisa, registrada no Tribunal regional eleitoral de Minas Gerais, em quarto lugar aparece Rosane Cordeiro, do PCO, com 1%, ao lado de Vanessa Portugal, do PSTU.

A pesquisa, que ouviu 1.282 pessoas confirma o favoritismo de Aécio Neves - PSDB, que busca a reeleição. O tucano venceria no primeiro turno, se as eleições fossem hoje, com 73% da preferência do eleitorado.

MESMA PORCENTAGEM

Natural de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, Fábio Magalhães adotou Montes Claros como seu torrão natal há, pelo menos, duas décadas. Sente-se um montes-clarense nato - e uma autoridade em relação aos problemas que os considerados conterrâneos enfrentariam.

- São problemas que eu consertaria em um ano. Esses prefeitos não sabem trabalhar - disse ele, em 2004, ano em que, da posição de um mero desconhecido espectador da cena política passaria à notoriedade ao se lançar candidato à sucessão de Jairo Ataíde - PFL.

Considerado um aspirante abusado ao desafiar cacifes da política local, do nível de Tadeu Leite - PMDB, Gil Pereira - PP e Athos Avelino - PPS, que saiu vitorioso do embate de 2004, Fábio Novais marcou sua campanha afirmando, ao final de cada uma das suas falações nos programas políticos transmitidos pela tevê, que venceria os adversários de forma esmagadora, implacável, assegurando que contava com 99% de chances de chegar à prefeitura de Montes Claros.

- Eu vou chegar lá - concluía.

Não chegou. Mas, ao sabor amargo da derrota, Fábio, então ainda Novais, voltou a surpreender: anunciou que não desistiria das investidas políticas e sinalizou que daria um salto ainda mais alto na vida pública: disputaria a presidência da República, em 2006. Desistiu. Mas nem por isso deixou de lado seu poder de surpreender o eleitor ao surgir, agora, como Fábio Magalhães, do Prona, e candidato ao governo do estado.

- Tenho 99% de chances de ser o futuro governador dos mineiros - repete Fábio Magalhães, para não perder o estilo.

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