(Márcia Vieira)
O prolongamento da avenida Francisco Gaetani, obra iniciada pela prefeitura na gestão anterior, e que tem contrapartida do Governo do Estado, não tem previsão de ser retomada. O contrato com o Governo foi renovado e o dinheiro já estaria na conta da prefeitura, mas, de acordo com a própria empresa responsável pelo serviço, “falta vontade da administração”.
Licitada em R$ 1,8 milhão, a obra parou no fim de 2016 para readequação do projeto, o que gerou aditivação de R$ 2,2 milhões. Deste montante, o Estado arca com a maior parte, R$ 1,3 milhão, e o município com o restante.
Como o dinheiro já está na conta do município, só os juros dariam para cobrir parte da contrapartida municipal, que teria apenas que complementar a verba restante necessária para a conclusão da obra. No entanto, há seis meses a empresa responsável, a Feijãozinho Terraplenagem, aguarda a sinalização da prefeitura para terminar o que começou.
RISCO DA CHUVA
Flávio Guedert, gerente administrativo da empresa, destaca que a partir da autorização o prazo para conclusão da obra é de cerca de 2 meses. A lentidão preocupa o administrador. “Quando chegar o período de chuva, o serviço não poderá ser feito. Este é o momento. Temos total interesse em retomar a obra”, alerta.
Flávio chegou a oferecer o corpo técnico da empresa para auxiliar nas adequações e acredita que seis meses são mais do que suficientes para uma resposta. “A administração pediu prazo, mas em 15 dias de trabalho o problema estaria resolvido se houvesse empenho. Eles têm pessoas capacitadas para isso”, afirma.
A Feijãozinho confirma que a empresa foi multada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente em R$ 20 mil por conta do atraso na obra. Mas diz que a construtora entrou com ação judicial contra a pasta para esclarecer os fatos.
“O nosso jurídico esteve no Ministério Público para contestar essa inversão de responsabilidade. É como se eles tivessem que encontrar um culpado e como o órgão não poderia multar a prefeitura, decidiu jogar sobre a empresa”, revela Flávio.
A reportagem tentou contato com a prefeitura, mas ninguém atendeu as ligações.